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sexta-feira, novembro 22, 2024

No Amapá, Polícia Federal investiga fraude na cota parlamentar de deputado da ALAP

A ação é decorrente à Operação En Passant, deflagrada em novembro do ano passado. Os mandados de busca foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá e cumpridos nas residências dos investigados e empresas, que não tiveram os nomes divulgados, nos bairros Jardim Felicidade, Buritizal, Santa Rita, Muca e São Lázaro, bem como no gabinete de parlamentar da ALAP, todos na capital amapaense

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Em Macapá, no estado do Amapá, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 24/6, a Operação Gambetto. Na ocasião, a PF cumpriu onze mandados de busca e apreensão durante a investigação que apura os crimes de peculato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, em razão de esquema de fraude na emissão de notas fiscais para obtenção de valores a título de cota parlamentar, no gabinete de um parlamentar estadual ativo na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) que ainda não teve o nome revelado.

Os mandados de busca foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Amapá e cumpridos nas residências dos investigados e empresas, que não tiveram os nomes divulgados, nos bairros Jardim Felicidade, Buritizal, Santa Rita, Muca e São Lázaro, bem como no gabinete de parlamentar da ALAP, todos na capital amapaense.

Investigação – A investigação é um desdobramento da Operação En Passant, deflagrada em novembro de 2021, que apurou um esquema de desvio de dinheiro de cota parlamentar, que deveria custear despesas do exercício do mandato de deputado estadual. Nesta fase, a PF verificou que outras pessoas também atuavam por meio da emissão e obtenção de notas fiscais possivelmente se utilizando de empresas fantasmas, por serviços não prestados, ou prestados a menor valor, a fim de se apropriar e desviar valores da verba parlamentar recebidos a título de ressarcimento, cometendo o crime de peculato.

A PF identificou que operadores do esquema, muitas vezes, procuravam empresas e definiam o valor das notas que deveriam ser emitidas, sem a contraprestação do serviço. Ainda encontrou indícios que algumas delas eram de propriedade de parentes dos operadores, e sequer existiam de fato, não havendo qualquer sinal de atividade empresarial, sendo apenas “fantasmas”.

Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de reclusão.

*Gambetto é um termo em italiano de onde se originou a palavra gambito, que define estratégia, artimanha ou manobra utilizada para vencer o adversário no xadrez, considerando que a presente investigação é um desdobramento da operação En Passant (que é uma jogada no xadrez).

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Da Redação com informações da Polícia Federal
Foto: Divulgação

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