O empresário bolsonarista e dono das Lojas Havan, Luciano Hang, usou a Lei Federal de Incentivo à Cultura, amplamente conhecida como Lei Rouanet (Lei nº 8.313/91), para investir R$ 800 mil em duas temporadas do musical “Bem Sertanejo”, estrelado pelo cantor Michel Teló.
O musical foi inspirado na série de mesmo nome que o artista apresentou no “Fantástico”, da TV Globo. O programa teve a participação da dupla Zé Neto e Cristiano, além do cantor Gusttavo Lima.
A primeira temporada do espetáculo ocorreu em 2016 e contou com R$ 300 mil de investimento da Havan, feito por meio da Lei Rouanet. Hang voltou a usar o mecanismo para financiar a terceira temporada do musical, com depósito de R$ 500 mil, em 2018.
A Havan chegou a aplicar mais de R$ 24 milhões em projetos culturais cadastrados na Lei Rouanet. As empresas que usam o mecanismo de financiamento podem abater parte do valor investido do imposto de renda.
Ao todo, as quatro temporadas do musical captaram mais de R$ 28 milhões. Outras grandes empresas financiaram o espetáculo, como Bradesco, Raízen, Bridgestone e PagSeguro.
Polêmica – Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a Lei Rouanet e defendeu cantores sertanejos que tiveram expostos cachês milionários pagos por prefeituras de todo o país.
A polêmica surgiu depois de Zé Neto, da dupla com Cristiano, ter criticado a cantora Anitta ao dizer que os sertanejos são artistas que não precisam do incentivo cultural nem “fazer tatuagem no toba” para chamar a atenção. A declaração do cantor sertanejo ocorreu durante um show realizado em Bonito, no Mato Grosso do Sul, no dia 12 de maio.
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Da Redação com informações do Metrópoles
Foto: Reprodução/Facebook
