Vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão (PRTB) volta à Amazônia na próxima semana, no dia 14/12, em Porto Velho, para participar do lançamento do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira, desenvolvido pela Suframa e pela Sudam, mas isso não deve representar agenda positiva para qualquer outro tipo de discussão além da já estabelecida.
A exploração de garimpo na região do Madeira, que compreende municípios do Amazonas e de Rondônia, deve, mais uma vez, passar longe da agenda do presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Para o vice-presidente, a destruição das dragas utilizadas na exploração ilegal do garimpo, inclusive em áreas indígenas, e a “vigilância” das áreas são suficientes para resolver o problema que degrada o meio ambiente e ameaça a segurança dos povos tradicionais da Amazônia.
Além de cobrarem medidas do presidente do Conselho da Amazônia, moradores da região do Madeira também cobram maior atuação de parlamentares da Amazônia. O silêncio de grande parte deles foi criticada por pessoas que vivem os problemas decorrentes da exploração ilegal na região.
“Vi que uma comitiva foi à Brasília, reuniu com nossa bancada, mas nada de efetivo resultou disso. Nenhuma proposta, nenhuma reunião, nada. Só falar e postar fotos nas redes sociais não nos serve de nada, nem pra quem mora, nem pra quem garimpa, nem pros índios, nem pro meio ambiente. Pra ninguém. Isso é revoltante e triste. Nós merecemos mais”, lamentou Igino Medeiros, 35, morador de Autazes.
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Da Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil