O relatório final da CPI da Covid-19 será entregue aos Ministérios Públicos do Estado (MPAM) e Federal (MPF-AM) por uma comitiva de senadores na manhã da próxima segunda-feira, 22/11. O documento subsidiará os órgãos em investigações relacionadas à gestão da pandemia de Covid-19 no Estado.
Além do senador Omar Aziz (PSD-AM), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede), Renan Calheiros (MDB), Eduardo Braga (MDB) entre outros parlamentares do grupo também devem acompanhar pessoalmente a entrega do documento ao procurador-Geral de Justiça (PGJ), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior e ao procurador-chefe do MPF-AM, Thiago Pinheiro Corrêa.
O senador Omar Aziz ressalta que a entrega do relatório representa a continuidade do trabalho da CPI da Covid e destaca que todos os desdobramentos serão acompanhados pelos senadores que integram a Frente Parlamentar Observatório da Pandemia.
“Uma coisa que sempre deixei claro na CPI é que o trabalho dela não acaba só porque não temos mais audiências ou depoimentos. Vamos cobrar os órgãos de fiscalização para que eles levem todas as nossas evidências em consideração e nos ajude a fazer justiça às mais de 600 mil vidas perdidas”, afirma Omar Aziz.
A primeira atividade da comitiva será a entrega do relatório no MPF-AM, às 9h, de lá a comitiva segue para a sede do MPAM, onde, às 11h, também apresentará o documento aos procuradores da casa.
Em São Paulo – No último dia 10, a comitiva composta pelos senadores Omar, Renan, Randolfe e Simone Tebet (MDB-MS), representante da bancada feminina, estiveram Ministério Público de São Paulo para entregar o relatório final da comissão. Os senadores também fazem parte da Frente Parlamentar Observatório da Pandemia, que vai acompanhar as investigações derivadas do trabalho da comissão.
O documento foi recebido pelos procuradores que integram a força-tarefa que irá investigar as denúncias oficializadas pela CPI, incluindo a que envolve médicos e a direção da operadora de saúde Prevent Sênior. Antes, o grupo foi recebido pelos juristas Miguel Reale Júnior e a juíza Sylvia Steiner, ex-integrante do Tribunal Penal Internacional.
O presidente da comissão falou sobre a importância de um trabalho correto do Procurador-Geral da República, Augusto Aras em relação às acusações de omissão do Presidente da República, Jair Bolsonaro, na condução da pandemia.
“O senhor Aras pode muito, mas não pode tudo. Ele pode escrever, porque o papel aguenta tudo, agora fatos são fatos. Alguém duvida dos fatos que o presidente criou neste país? Teve a motociata aqui em São Paulo, ele retirou máscara de crianças e propagou medicamento ineficaz em suas redes sociais. Ele é o criminoso mor do Brasil. Se o Aras não entende, ele está no lugar errado, tem que ser advogado do Presidente da República e não Procurador-Geral da República”, afirma o senador Omar.
Além do Procurador-Geral da Justiça, Mário Sarubbo, o relatório final foi recebido pelos procuradores Everton Zanella, Nelson Pereira Junior e Maria Fernanda de Castro Maia.
“Agradeço a presença de todos que vieram aqui para trazer subsídios e levar adiante o trabalho na repercussão da CPI da Pandemia, em especial o que refere-se à empresa de saúde Prevent Senior. Fizemos uma reunião muito profícua com representantes da força-tarefa e com esses subsídios a intenção é que a investigação avance”, disse Sarubbo.
O grupo de senadores também entregou o relatório final à Câmara Municipal de São Paulo e ao Ministério Público do Trabalho, órgãos que também estão com investigações sobre a pandemia em curso.
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Com informações da assessoria de imprensa
Fotos: Marcelo Garcia