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sexta-feira, novembro 22, 2024

Na ONU, Bolsonaro fala de Brasil diferente do mostrado pela mídia e defende tratamento precoce

Nos cerca de 13 minutos de pronunciamento, Bolsonaro atacou governadores e prefeitos por políticas de isolamento social na pandemia de covid-19 e se colocou contrário a exigência de "passaportes de vacinação"

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Em seu discurso, na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse, como fez em 2019, que o Brasil esteve “à beira do socialismo”. Nos cerca de 13 minutos de pronunciamento, ele atacou governadores e prefeitos por políticas de isolamento social na pandemia de covid-19, defendeu mais uma vez o chamado “tratamento precoce” contra covid-19 e se colocou contrário a “passaportes de vacinação”.

“Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisão. O Brasil mudou e muito depois que assumimos o governo em janeiro de 2019”, disse Bolsonaro. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, afirmou.

Ao falar sobre a questão ambiental, Bolsonaro disse que o Brasil tem “grandes desafios” em razão da “dimensão continental” do País. Como esperado, ele voltou a repetir que o Brasil antecipou de 2060 para 2050 o compromisso de atingir a neutralidade climática, como fizera em abril.

Ele falou da redução nos níveis de desmatamento da Amazôniaem agosto, também como esperado, e afirmou que isso foi uma consequência do aumento de recursos para fiscalização ambiental. Bolsonaro afirmou que o País irá “buscar consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global” na COP-26.

“A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram legado de inflação no mundo todo”, afirmou Bolsonaro ao criticar medidas de isolamento e governadores e prefeitos do Brasil.

O presidente se gabou do fato de quase 90% da população adulta do Brasil estar vacinada, mas disse ser contra um passaporte da vacina. “Apoiamos a vacinação. Contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”.

Bolsonaro defendeu tratamento precoce contra covid-19, como o uso da hidroxicloroquina e ivermectina, dizendo eu ele mesmo usou e ainda se colocou contrário a “passaportes de vacinação”.

“Desde o início da pandemia apoiamos a autonomia do médico em busca do tratamento precoce. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial”, disse. “Não entendemos porque muitos países se colocaram contra o tratamento inicial (precoce). A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, afirmou Bolsonaro.

Confira o discurso na íntegra:

 

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Da Redação com informações do Estadão

Foto: Divulgação

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