O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou na manhã deste sábado, 7/8, de uma motociata com apoiadores em Florianópolis, Santa Catarina. Antes de chegar ao evento político, o presidente afirmou que “querem, no tapetão, decidir as coisas no Brasil”. Ele ainda mencionou o “voto confiável e contabilizado”.
A motociata, que iniciou por volta das 10h, e seguiu pelas principais vias da cidade, contou ainda com a participação de congressitas aliados de Bolsonaro, além da vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, que estava sem máscara, item obrigatório no estado.
Desde as primeiras horas da manhã, a movimentação do esquema de segurança e de apoiadores começou a tomar as ruas da capital. A operação policial para garantir a segurança do presidente iniciou às 6h. Bolsonaro dormiu em Joinville e saiu por volta das 8h do hotel militar escolhido para o pernoite.
A décima visita de Bolsonaro a Santa Catarina, alterou o trânsito na capital. O comboio passou pela avendia Beira Mar Norte e seguiu em direção das praias do norte da ilha, via SC-401. O trajeto finalizou na avenida Beira Mar Continetal.
Declarações – A caminho do evento, em um carro aberto, Bolsonaro declarou que todos os políticos devem ouvir a população e afirmou que querem decidir as coisas no país no “tapetão”, se referindo a rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, pela comissão especial da Câmara dos Deputados.
“Querem, no tapetão, decidir as coisas no Brasil. Isso não pode ser dessa maneira. A democracia nasce aí do voto responsável e contabilizado”, declarou Bolsonaro, que se tornou alvo de investigação criminal por acusar, sem provas, que houve fraude em eleições passadas e que há riscos graves na segurança das urnas eletrônicas.
Gastos – Os eventos que contam com a presença de Bolsonaro geram custos aos cofres públicos. Em maio deste ano, o governo gastou ao menos R$ 232 mil com a ida do presidente ao ato no Rio de Janeiro. O evento ficou marcado pela participação de Eduardo Pazuello, que rendeu uma denúncia contra ele ao Exército. Depois, o procedimento foi arquivado.
Ao todo, foram R$ 41,7 mil em diárias; R$ 67,8 mil em transporte terrestre; R$ 742 em telefonia; R$ 7 mil em passagens; e R$ 114,6 mil em cartão de pagamento do governo.
Os custos, no entanto, são maiores. A conta não inclui os gastos com a FAB, que impõe sigilo aos dados. Os valores foram informados à Câmara, a partir de requerimento do deputado Leo de Brito, subscrito por Elias Vaz, Padre João e Kim Kataguiri.
Na ocasião, Bolsonaro e Pazuello participaram de motociata na cidade. Depois, subiram em um carro de som. Sem máscaras.
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Por Redação
Foto: Divulgação