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quinta-feira, novembro 21, 2024

‘Perseguição política’, diz Yara Lins em nota de repúdio contra denúncias feitas por Omar Aziz

O senador Omar Aziz formalizou nos órgãos de fiscalização Notícia-Crime contra a conselheira do TCE-AM, Yara Lins. O parlamentar acusa a conselheira por prática de nepotismo e enriquecimento ilícito

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A conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins emitiu uma nota de repúdio qualificando como perseguição política e tentativa de intimidação a Notícia-Crime apresentada pelo presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD) aos órgãos de controle e investigação.

Na denúncia, encaminhada para a Procuradoria Geral da República (PGR), Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal e Polícia Federal, o senador acusa a conselheira de prática de crimes de nepotismo, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, patrimônio incompatível com a renda, crime contra a ordem tributária e advocacia administrativa/corrupção passiva.

Em nota, a conselheira destacou que os 46 anos de vida pública dela são definidos como “retidão” e que, além disso, juridicamente a denúncia do senador não possui fundamentação. “Vazia de fundamentos jurídicos, baseada em uma narrativa fantasiosa de declarações e suposições de documentos incorretos, incompletos e de origem incerta, com o único objetivo de tentar macular minha imagem”, diz um trecho da nota da conselheira do TCE-AM.

Yara Lins disse, ainda, que recebeu com indignação a atitude de Omar Aziz e classificou o ato como “tentativa de intimidação” do presidente da CPI da Covid. Ainda no texto, a conselheira informou que providências jurídicas cabíveis já estão sendo adotadas.

Notícia-Crime – No documento enviado aos órgãos de fiscalização, Omar Aziz afirma que Yara Lins e os seus familiares possuem um patrimônio incompatível com os seus ganhos financeiros e vários bens que vêm sendo ocultados e subfaturados com intuito de burlar o fisco”. Segundo ele, vários de seus parentes trabalham no Tribunal de Contas do Estado, o que é caracterizado pela lei como nepotismo.

No documento, Omar Aziz se refere aos filhos da conselheira, o deputado estadual Fausto Júnior (MDB), Tereza Raquel Rodrigues Baima Rebelo de Souza e Carlos Abener de Oliveira Rodrigues Filho; além dos irmãos da conselheira, José Antônio Rodrigues Neto e Naide Irlane Lins Santos; e da nora de Yara, companheira de Fausto, Adria Vieira Gomes.

A denúncia tomou como base uma série de levantamentos feitos pelo senador e citados, em trechos do depoimento do deputado Fausto Júnior na CPI, ocorrido no último dia 29 de junho. Ocasião essa descrita na introdução da Notícia-Crime ao contextualizar que a motivação da denúncia se deu aos fatos ocorridos durante o depoimento do mesmo. Fausto Júnior foi relator da CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Por meio das redes sociais, o deputado Fausto Júnior vem disparando diariamente críticas contra Omar Aziz. Em uma das postagens em seu Instagram, Fausto publicou que não irá se intimidar com as atitudes do senador e que o presidente da CPI é comprovadamente corrupto. “Omar Aziz que comprovadamente é corrupto, tenta a todo custo atacar aqueles que falam a verdade. Tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra as arbitrariedades tomadas pelo senador Omar Aziz”, divulgou.

Confira a nota:

Recebi com indignação as tentativas de intimidação do senador Omar Aziz (PSD) contra mim e minha família.

Retidão é a palavra que define os meus 46 anos de vida pública. Nestes anos, combati a corrupção e a má gestão, sempre de forma a atender a legislação e os princípios da administração pública.

Como mulher, nascida numa geração com ainda mais preconceitos que a atual, estou habituada a provar a qualidade e a correção das minhas condutas profissionais, e graças a elas alcancei, pela primeira vez na história da instituição a qual sirvo, a mais elevada cadeira, a de Conselheira e, ainda, a Presidência.

Uma perseguição política, vazia de fundamentos jurídicos, baseada em uma narrativa fantasiosa de declarações e suposições de documentos incorretos, incompletos e de origem incerta, com o único objetivo de tentar macular minha imagem.

Mais uma vez travo batalhas e, como mãe de família e cristã, não me intimido. Tenho a consciência limpa, com plena confiança na justiça divina e do meu país.

 

Informo que as medidas judiciais cabíveis ao caso estão sendo tomadas. Defenderei minha honra e continuarei firme na minha atuação, fiscalizando o mau uso do dinheiro público de forma implacável.

Yara Amazônia Lins Rodrigues dos Santos.

Conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).

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Por Lana Honorato

Foto: Divulgação

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