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segunda-feira, julho 8, 2024

CPI da Covid deve votar nesta sexta-feira requerimentos de quebra de sigilos de empresas e da conselheira do TCE-AM

Os requerimentos pedem a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de empresas e da conselheira do TCE, Yara Lins, que supostamente teriam ligações com esquemas de corrupção no Estado do Amazonas

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Deve ser votada nesta sexta-feira, 2/7, na CPI da Covid, do Senado, os requerimentos que requerem a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de empresas que teriam recebido, ao longo de dois anos mais de R$ 500 milhões do Governo do Amazonas, conforme denúncia do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD). Também deve ser votada, a quebra dos sigilos da conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins e de pessoas ligadas a conselheira.

No pedido de votação dos requerimentos, Omar Aziz alegou que as empresas que atuam nas áreas da saúde, construção, manutenção e aluguel de carro no Amazonas, além da conselheira do TCE, estão relacionadas a um esquema de corrupção no Estado.

Os requerimentos seriam votados na quarta-feira, 30/6, mas foram retirados de pauta após contestação do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que acusou o senador Aziz de utilizar a CPI para se beneficiar politicamente para as eleições de 2022.

Denúncia – Segundo Omar Aziz, as irregularidades envolvem o advogado André Luiz Guedes da Silva, que teria ligações escusas com Yara Lins, que é mãe do deputado estadual Fausto Júnior (MDB), que atuou como relator da CPI da Saúde, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), realizado em 2020.

O deputado estadual prestou depoimento na CPI da Covid na última terça-feira, 29/6. Na ocasião, Fausto foi questionado pelos senadores a razão pela qual o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) não ter sido indiciado pela CPI da Saúde da Aleam.

Ainda conforme Aziz, há fortes indícios de que a conselheira do TCE-AM estaria recebendo vantagens para que o filho dela, o deputado Fausto Júnior não indiciasse o governador Wilson Lima na CPI da Saúde.

Quebra de sigilos – Os requerimentos pedem, além da quebra de sigilos de Yara Lins e do advogado André Luiz, de pessoas ligadas a conselheira, incluindo a filha dela, Teresa Raquel, o deputado Fausto Júnior, e a companheira dele, Adrian Gomes Cardozo.

Os requerimentos pedem também as quebras de sigilos das empresas:

  • Techway Locação de Equipamentos, CNPJ – 13.392.705/0001-43,
  • TCD Navegação e Transporte, CNPJ – 04.811.052/0004-41;
  • Construtora Matrix Ltda, CNPJ – 04.544.085/0001-20;
  • P.H.A Rodrigues, CNPJ – 14.560.971/0001-09;
  • DR7 Serviço de Obras de Alvenaria Ltda, CNPJ – 01.335.516/0001-50;
  • LBC Conservadora e Serviços Eireli, CNPJ – 07.832.566/0001-29;
  • AG Service Informática Ltda, CNPJ – 02.435.823/0001-75;
  • BRB Serviços em Saúde Ltda, CNPJ -19.008.322/0001-05;
  • CC Batista, CNPJ – 18.368.807/0001-47;
  • Podium Empresarial Eireli, CNPJ – 22.152.369/0001-52;
  • Nova Renascer Eireli, CNPJ – 26.804.280/0001-84;
  • Life Saúde;

Pagamentos – Em consulta ao Portal da Transparência do Governo do Amazonas, em 2020 e 2021 as empresas Techway Locação de Equipamentos; Construtora Matrix Ltda; P.H.A Rodrigues; DR7 Serviço de Obras de Alvenaria Ltda; LBC Conservadora e Serviços Eireli; BRB Serviços em Saúde Ltda; CC Batista; Nova Renascer Eireli, e Life Saúde, receberam R$ 130.946.891,5. Os valores são referentes a contratos com várias secretarias.

Durante as buscas no Portal da Transparência, nos dois anos mencionados, não foram encontrados contratos com as empresas TCD Navegação e Transporte; AG Service Informática Ltda; Podium Empresarial Eireli.

 

 

Por Lana Honorato

Foto: Agência Senado

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