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sábado, julho 6, 2024

Senador Omar Aziz responde a cobrança pública feita por Jair Bolsonaro

Nesta terça-feira, 8/6, durante a abertura dos trabalhos da CPI da Covid, o senador respondeu ao presidente que ontem questionou o “silêncio” de Omar Aziz e do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre os ataques criminosos ocorridos no Amazonas no último final de semana

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As rusgas entre o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ganharam mais um capítulo. Nesta terça-feira, 8/6, durante a abertura dos trabalhos da CPI da Covid, o senador respondeu ao presidente que ontem questionou o “silêncio” de Omar Aziz e do senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre os ataques criminosos ocorridos no Amazonas no último final de semana.

A apoiadores, o presidente falou que estava aguardando o pronunciamento dos senadores porque, segundo Bolsonaro, “eles só estão preocupados com a CPI. “Queria saber onde estão os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga. Estou aguardando o pronunciamento deles. Já que está tudo bem lá e eles estão só preocupados com a CPI”, falou.

Em resposta, Omar Aziz relatou aos demais senadores que Estado do Amazonas, a cidade de Manaus teve a população cerceada, com ataques a Unidades Básica de Saúde (UBS’s), caminhões, tratores e a vários locais da cidade e que ele ligou para o ministro da Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres ainda no domingo, 6, pedindo auxílio da Força Nacional.

“Não estamos falando aqui de uma comunidade que foi sitiada. Não estamos falando de um bairro sitiado. Estamos falando de Manaus, que tem mais de dois milhões de habitantes, que teve as aulas nas escolas suspensas, o transporte coletivo não funcionou, as lojas estavam fechadas, um verdadeiro sítio feito por facções criminosas. O Governo Federal não ofereceu ajuda e o presidente fez uma cobrança pública a mim e ao Eduardo Braga. Eu fiz o meu papel e liguei para o ministro”, afirmou.

O senador, em tom conciliador, falou ao presidente não ser o momento de fazer cobranças pessoais, mas sim de que haja união entre os poderes para que o Estado do Amazonas não seja mais uma vítima dos desmandos e absurdos praticados por facções criminosas, sobretudo nas áreas de fronteira, por onde entram no país drogas e armas.

“Faço esse apelo ao presidente. Estamos no terceiro ministro da Justiça. O Estado, incluindo os três poderes executivos, não pode permitir que facções sejam donos de uma cidade ou um estado. Há uma inversão de valores muito grande no Brasil. Por isso, faço esse apelo ao presidente da República, que se elegeu com essa pauta. Independente, de termos divergências, nesse momento é importante nos unirmos. O Brasil se unir, governadores, prefeitos, presidente da República, Congresso Nacional, para não permitir que facções controlem o Estado”, falou.

Força Nacional – Na noite do último domingo, o governador Wilson Lima (PSC) formalizou o pedido ao Ministério da Justiça para o envio de homens da Força Nacional para o Amazonas. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, acatou o pedido do governador do Amazonas e irá enviar integrantes da Força Nacional para o Estado.

Anderson Torres fez o anúncio do envio das tropas na noite de segunda-feira, 7/6, por meio de uma rede social. “Atendendo à solicitação do governador do Amazonas, Wilson Lima, e visando ajudar no restabelecimento da paz e da ordem na capital do estado, acabo de autorizar o emprego da Força Nacional em Manaus”, publicou o ministro.

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Por Michele Gouvêa e Lana Honorato

Foto:  Jefferson Rudy/Agência Senado

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