Após atos públicos contra a decisão do governador Wilson Lima (PSC) de retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam) anunciou adesão à greve sanitária aprovada em reunião da Assembleia Geral da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc). Em nota, o Sinteam informa aos alunos, pais e responsáveis sobre a paralisação das aulas presenciais e manutenção do sistema online a partir desta segunda-feira, 7/6.
Na última segunda-feira, 31/5, os profissionais da educação encabeçaram uma carreata de protesto contra o retorno das aulas presenciais no Estado do Amazonas e na capital, Manaus. O protesto iniciou por volta das 8h na avenida do Samba e terminou em frente à sede do Governo, Compensa, zona Oeste.
A reivindicação dos trabalhadores da educação, que também iniciou uma greve sanitária em alguns municípios do interior, é para que o retorno das aulas presenciais só ocorra após a vacinação de todos os profissionais que atuam nas escolas. A greve sanitária consiste na paralisação de atividades presenciais com o objetivo de preservar a vida de trabalhadores e demais envolvidos.
Assinado pela presidente do sindicato, Ana Cristina Pereira Rodrigues o documento pede a compreensão e a atenção da sociedade “pois lutamos por valorização e respeito profissional e agora por nossas vidas”, em nota.
Confira o comunicado:
Imunização – A vacinação dos profissionais da educação iniciou no dia 17 de maio. Porém o sindicato reivindica o retorno dos professores às salas de aula depois de tomarem as duas doses da vacina contra a Covid-19. O que segundo eles não aconteceu. A categoria ainda pede mudanças na estrutura das escolas, com reformas nas janelas para maior circulação de ar e fiscalização mais ostensiva nos transportes públicos.
Audiência pública – A Comissão Temporária da Covid-19, formada por senadores que acompanham as ações de combate à pandemia, promove nesta segunda-feira, 7/6, a partir das 10h, audiência pública com especialistas e representantes do governo para discutir os impactos da pandemia sobre a educação. A audiência será feita de forma remota.
Participarão do debate: o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo; o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins; o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Ângelo; o diretor-executivo do Movimento Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho e a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna.
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Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis