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sexta-feira, novembro 22, 2024

Após protestos em mais de 200 cidades, Bolsonaro diz que ‘faltou erva’ para atos contra seu governo

Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 31/5, o presidente Jair Bolsonaro criticou as manifestações contra seu Governo no último sábado, 29, e afirmou que o movimento foi pequeno devido à falta de erva

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Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 31/5, o presidente Jair Bolsonaro criticou as manifestações contra seu Governo no último sábado, 29, e afirmou que o movimento foi pequeno devido à falta de erva.

“Sabe por que tem pouca gente nessa manifestação da esquerda do último fim de semana? Porque a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) estão apreendendo muita maconha pelo Brasil. Faltou erva para o movimento. Faltou dinheiro também”, disparou Bolsonaro.

Os atos, no entanto, levaram milhares de pessoas às ruas em mais de 200 cidades do País, incluindo as 27 capitais, na maior manifestação contra o Governo Federal desde o início da pandemia. As maiores concentrações foram registradas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que no fim de semana anterior havia recebido uma “motocada” em apoio a Bolsonaro.

Além dos atos no Brasil, no sábado também foram registrados protestos contra Bolsonaro no exterior. Pressionados pelas mobilizações em defesa do governo nas últimas semanas, líderes de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição decidiram abandonar o “fique em casa” na pandemia e ir às ruas. Houve resistência e discordâncias e os atos foram convocados com orientações de cuidado como distanciamento social e uso de máscaras PFF2. Houve muita aglomeração mesmo assim.

O presidente também disse que os protestos foram “do PT”, apesar de o Partido dos Trabalhadores não ter organizado formalmente os atos. Ainda, Bolsonaro citou Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado criminalista conhecido como Kakay que participou da manifestação em Brasília.

“Nessa manifestação do PT o Kakay estava falando contra mim. Sinal que estamos no caminho certo,” comentou o presidente.

Protesto no sábado – Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a gestão de Jair Bolsonaro. Os protestos do último sábado aconteceram em mais de 200 cidades brasileiras e em outros países. A repercussão dos atos também extrapolou o território nacional e se espalhou pela imprensa internacional. Em meio às manifestações, Bolsonaro postou foto nas redes segurando uma camiseta onde se lê: “Imorrível, imbroxável, incomível”. No sábado, o Brasil alcançou a marca de 460 mil mortes por Covid-19.

Antes mesmo dos protestos, pesquisa Datafolha mostrou que pela primeira vez a parcela da população favorável ao impeachment de Bolsonaro é maior que a parcela da população contrária a seu afastamento. A aprovação ao governo Bolsonaro é a mais baixa de sua gestão, de 24% – enquanto 45% o rejeitam.

Pesquisa – A pesquisa do Datafolha publicada no dia 13 deste mês indica que a aprovação do governo Bolsonaro caiu de 30% em março deste ano para 24% em maio, índice mais baixo registrado desde o início do seu mandato. No mesmo período, a reprovação oscilou de 44% para 45%, dentro da margem de erro, e a aprovação regular subiu de 24% para 30%. Há ainda 1% que não opinaram sobre o desempenho da gestão Bolsonaro.

O governo Bolsonaro é, proporcionalmente, mais aprovado entre homens (29%) do que mulheres (21%). A reprovação fica acima da média entre os mais escolarizados (57%), mais ricos (63%) e funcionários públicos (58%). Em regiões metropolitanas, incluindo capitais, 50% reprovam o governo, índice que fica em 41% nas cidades do interior do país. Na parcela evangélica da população, 35% consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, e para 33% ele é bom ou ótimo.

Para 58%, o presidente Jair Bolsonaro não tem capacidade para liderar o país, índice similar ao registrado em março (56%). Uma parcela de 38% avalia que ele é capaz de liderar o Brasil (eram 42% no último levantamento), e 4% não opinaram.

Apenas entre os empresários há uma avaliação majoritária (62%) de que o presidente é capaz de liderar o país, e nos demais segmentos sociodemográficos relevantes os resultados sobre sua incapacidade se sobressaem.

Confira galeria:

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Fotos e vídeo: Divulgação

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