A CPI da Covid no Senado aprovou nesta quarta-feira, 26/5, as convocações dos governadores do Amazonas, Pará, Distrito Federal, Tocantins, Santa Catarina, Roraima, Amapá, Rondônia e Piauí, além do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel.
Comparecerão à CPI:
- Wilson Lima (Amazonas)
- Helder Barbalho (Pará)
- Antonio Denarium (Roraima)
- Waldez Góes (Amapá)
- Marcos Rocha (Rondônia)
- Mauro Carlesse (Tocantins)
- Carlos Moisés (Santa Catarina)
- Ibanes Rocha (Distrito Federal)
- Wellington Dias (Piauí)
- Wilson Witzel (Rio de Janeiro)
A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr também foi convocada. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e atual titular do cargo, Marcelo Queiroga, foram reconvocados pela CPI.
Polícia Federal – O critério de escolha dos gestores foi definido pelos locais onde houve operações da Polícia Federal para investigar mau uso do dinheiro destinado ao combate à pandemia. O requerimento para chamar o atual governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), foi retirado porque houve o entendimento de que as operações de investigação por mau uso dos recursos federais aconteceu ainda na gestão de Witzel.
“O governador Cláudio Castro, em comum acordo entre todos os senadores, retiramos porque ele não era governador a época que aconteceu. Caso tenha algum fato novo, nós iremos convocá-lo, por isso que nós estamos retirando o nome do ex-governador do Rio de Janeiro, aliás do atual”, disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz.
A convocação de governadores é uma reivindicação principalmente dos senadores governistas na CPI. Eles alegam que a CPI deve investigar supostos casos de corrupção nos estados envolvendo recursos para combate à pandemia.
Reconvocação – A CPI aprovou também a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-titular da pasta Eduardo Pazuello. Em dois dias de depoimento, o ex-ministro isentou Jair Bolsonaro de qualquer responsabilidade pela condução da pandemia e pediu desculpas por não ter usado máscara em um shopping de Manaus. Dias depois, no entanto, ele participou de manifestação ao lado de Bolsonaro, sem máscara, o que motivou os senadores a quererem chamá-lo novamente. Já Queiroga, evitou falar sobre cloroquina para não se indispor com o presidente, mas defendeu a vacinação em seu depoimento.
Os senadores também aprovaram requerimentos com pedidos de informação ao Conselho Federal de Medicina, ao laboratório Sinovac, à empresa Wuxi Biologics, subcontratada pela AstraZeneca e outros.
Além disso, especialistas que defendem e que são contra o uso da cloroquina também foram convidados para discutir o assunto em duas sessões.
“O que acertamos é que teremos duas sessões para que possamos ouvir nessas duas seções, duas pessoas que apoiam tratamento com cloroquina e dois cientistas e profissionais, capacitados, que são contra. Quatro a favor e quatro contra”, disse Aziz.
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Com informações Agência Senado
Foto: Divulgação/Ilustração Marcus Brito