Nascido em Boca do Acre, o desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Djalma Martins da Costa, 75, foi mais uma das 12 mil vítimas de Covid-19 no Amazonas. Djalma Martins da Costa tinha 75 anos e estava internado, em Manaus, há mais de 50 dias para tratamento das complicações da doença.
O desembargador atuou no Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) como promotor e procurador antes de ingressar na magistratura, em 1989, quando assumiu vaga destinada ao MPE pela regra do quinto constitucional. Na Corte Eleitoral, foi nomeado para a Vice-Presidência, Corregedor-Geral e exerceu a presidência do TRE-AM de 1995 a 1996.
Djalma era o decano da corte e fazia parte da 2ª Câmara Criminal, além das Câmaras Reunidas. Ele presidiu o TJAM entre 2000 e 2002. O magistrado chegou ainda a atuar como governador em exercício do Amazonas. No último mês, já intubado, ele havia atingido a idade para a aposentadoria compulsória.
Em nota, o Tribunal de Justiça lamentou a morte do desembargador aposentado afirmando que ele “dedicou mais de três décadas ao exercício da magistratura, sendo reconhecido pela comunidade amazonense por seus conhecimentos jurídicos e formação humanística”.
Antes da aposentadoria, o magistrado foi o primeiro diretor da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam). Ele era pós-graduado em Direito Público e autor do livro “Inexigibilidade de Conduta Diversa”.
Governo do Estado e Prefeitura de Manaus decretaram luto oficial de três dias pela morte do desembargador, Djalma Martins da Costa. O sepultamento do magistrado ocorreu na manhã desta sexta-feira, 2/4, segundo a família.
