Um grupo de manifestantes, formado majoritariamente por indígenas e ativistas ambientais, forçou a entrada na área restrita da COP30, em Belém (PA), na noite de segunda-feira (11). O ato, que interrompeu brevemente parte da programação oficial da conferência, teve como objetivo cobrar maior participação dos povos tradicionais nas decisões sobre políticas climáticas e a defesa da Amazônia.
On the night of Tuesday, the 11th day of #COP30 — hundreds of Indigenous people rose in defiance, taking over the Blue Zone where world leaders negotiate. Their message is clear: no more empty promises — our lands, our rights, our future are not for negotiation! ✊🏾… pic.twitter.com/X42rAQK7AK
— Mr. Climate (@OlumideIDOWU) November 11, 2025
Os manifestantes conseguiram atravessar barreiras e invadir a chamada “Blue Zone”, espaço reservado a autoridades e negociadores das Nações Unidas. Faixas com frases como “Nossa terra não está à venda” e “Não podemos comer dinheiro” foram erguidas durante o protesto, que terminou em confronto com seguranças do evento.
De acordo com informações não oficiais, dois seguranças ficaram levemente feridos e houve pequenos danos na estrutura do local. A segurança reagiu improvisando barricadas com mesas e cadeiras para conter a entrada de mais pessoas. Após cerca de 30 minutos, a situação foi controlada e o acesso restabelecido.
A COP30 ocorre em um momento simbólico, por ser a primeira conferência do clima sediada na Amazônia. O episódio reforça as tensões entre comunidades tradicionais e grandes fóruns internacionais sobre o clima.


