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sexta-feira, outubro 3, 2025

Vereador de Manaus preso tem R$ 2,5 milhões bloqueados em operação do MP

A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e desvio de salários de servidores comissionados da CMM

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Segundo as investigações do  Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a operação que resultou na prisão do vereador Rosinaldo Bual (Agir), nesta sexta-feira (3), bloqueou R$ 2,5 milhões das contas do parlamentar e apreendeu um volume ainda não totalizado de dinheiro em espécie, somado a cheques de alto valor, o que pode levar o montante total a mais de R$ 3 milhões.

A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa suspeita de envolvimento com peculato, concussão, lavagem de dinheiro e desvio de salários de servidores comissionados da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, incluindo a da chefe de gabinete de Bual. 

Rosinaldo Bual iniciou sua carreira política em 2016, quando foi eleito vereador pelo PSB com 3.822 votos. Em 2020, se reelegeu pelo PMN, com 5.274 votos. Já em 2024, conquistou seu terceiro mandato pelo partido Agir, com 7.892 votos, integrando a base aliada do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).

Leia também: Cofre com maços de dinheiro é apreendido em operação que prendeu vereador Rosinaldo Bual em Manaus

Operação

Conforme apontou o MPAM, três cofres foram encontrados em imóveis ligados a Bual — em sua residência, em um sítio e na casa da mãe. Sem a colaboração do investigado, o acesso foi feito com apoio do Corpo de Bombeiros. No interior dos cofres, foram localizados dois cheques: um no valor de R$ 240 mil e outro de R$ 330 mil, ambos sem origem declarada.

Além dos valores, também foram apreendidos uma pistola calibre .380, considerada de uso restrito, celulares, notebooks e documentos diversos, que agora passarão por perícia técnica.

A principal linha de investigação aponta para um suposto esquema de “rachadinha”: cerca de 40 a 50 assessores teriam sido contratados e dispensados ao longo do mandato atual, sendo obrigados a devolver parte de seus salários ao parlamentar.

O dinheiro teria sido, posteriormente, lavado e reinserido no sistema financeiro, mascarando sua origem ilícita. O MPAM afirmou que a origem dos cheques será apurada, bem como a regularidade da posse da arma apreendida.

De acordo com o MPAM, novas fases da operação devem ser deflagradas nos próximos dias, com o objetivo de rastrear o fluxo financeiro e identificar outros possíveis membros da organização criminosa.

Outro lado

Desde o início da operação, O Convergente tenta contato com a assessoria do vereador Rosinaldo Bual, para que o mesmo possa prestar esclarecimentos. Até o momento, não houve retorno.

Reforçamos que o espaço segue aberto para posicionamento.

Leia mais: Câmara de Manaus se pronuncia após operação do MPAM em gabinete parlamentar

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