Após aumento no preço na passagem do transporte público para R$ 6,00, motoristas e cobradores de ônibus de Manaus realizaram uma paralisação parcial nas primeiras horas da madrugada desta sexta-feira, 8, em protesto contra o suposto atraso no pagamento de salários e do vale-alimentação. Segundo apurado pelo O Convergente, a mobilização durou menos de uma hora e foi um “alerta” às empresas, mas uma greve geral poderá ser deflagrada ainda hoje caso não haja acordo selado.
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De acordo com as informações, a paralisação teria envolvido funcionários de três empresas. A mobilização, confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários, também denuncia condições de trabalho consideradas inadequadas e ocorre após semanas de tentativas frustradas de negociação com as empresas responsáveis pelo transporte público da capital.
Apesar de ter ocorrido de forma breve, a paralisação afetou principalmente a operação nas imediações do Terminal 1, no Centro, com atrasos pontuais no início da manhã, segundo mostrou o portal Tucumã.
Problema recorrente
Esta não é a primeira vez que os rodoviários de Manaus recorrem à paralisação para cobrar direitos trabalhistas. A categoria afirma que os atrasos nos pagamentos são frequentes e prejudicam tanto a qualidade de vida dos profissionais quanto a prestação do serviço à população.
No início de julho deste ano, uma outra greve geral também ameaçou paralisar o transporte coletivo na capital amazonense, como resposta à retirada de cobradores de diversas linhas de ônibus de Manaus.
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Passagem mais cara. Quem paga o pato?
Desde o Dia de Páscoa desde ano, os manauaras precisaram lidar com uma mudança que afetou diretamente o bolso dos usuários do transporte coletivo. No dia 20 de abril, a Prefeitura de Manaus anunciou a entrada em vigor do novo valor da tarifa de ônibus, que passou de R$ 4,50 para R$ 6, conforme decreto publicado em edição extra do Diário Oficial do Município.
A alteração, determinada pela gestão municipal e coordenada pelo Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), estabelece a tarifa cheia em R$ 6. No entanto, a medida inclui uma política de descontos segmentados. Passageiros que utilizam o cartão eletrônico PassaFácil ou pagam em dinheiro terão desconto de R$ 1, pagando R$ 5. Estudantes não contemplados com gratuidade continuam pagando R$ 2,50, mediante apresentação da carteira estudantil válida.
Mas, afinal, quem paga essa passagem? A dor de quem depende do ônibus em Manaus. Leia o artigo completa de Érica Lima aqui.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para saber um posicionamento do Executivo municipal sobre o caso e aguarda retorno.