A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) foi denunciada no Conselho Tutelar após antecipar o fim da licença-maternidade e leva a filha de 4 meses a Brasília, nesta quarta-feira (5), para participar da mobilização da oposição na Câmara dos Deputados.
O ato teve como foco protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a manifestação, parlamentares bolsonaristas ocuparam a Mesa Diretora da Casa, na tentativa de impedir a realização da sessão deliberativa.
Com a filha no colo, Zanatta publicou nas redes sociais um vídeo em que a bebê aparece sentada na cadeira da Presidência da Câmara. Na legenda, comemorou a ação da oposição e defendeu pautas como a anistia a Bolsonaro, o armamento civil e a prisão de criminosos.
Em outra postagem, no X (antigo Twitter), a deputada criticou ataques recebidos: “Os que estão atacando minha bebê não estão preocupados com a integridade da criança (nenhum abortista jamais esteve). Eles querem é inviabilizar o exercício profissional de uma mulher usando, sim, uma criança como escudo. Canalhas”, escreveu.
A ação de Zanatta gerou reação do deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara. Ele anunciou nas redes sociais que acionou o Conselho Tutelar do Distrito Federal contra a parlamentar.
No ofício enviado ao órgão, Reimont afirmou que a conduta da deputada levanta “sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”.
*Com informações da Rede Onda Digital
Leia mais: “Inegociável” diz Hugo Motta sobre suposto acordo de anistia em troca de retomada do plenário