Alvo de um pedido de cassação por chutar um ativista, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) completou, nesta segunda-feira, 14, cinco dias de greve de fome na Câmara dos Deputados. O político está acampado no parlamento em protesto contra o processo que pode resultar na perda de seu mandato.
Veja também: Ônibus sendo engolido pela BR-319 vai parar na Aleam e deputados denunciam situação
Segundo a equipe do deputado, Glauber Braga está de jejum, com exceção de água, água de coco e isotônico. O parlamentar afirma que permanecerá em greve até a conclusão do processo.
Entenda
Na última quarta-feira, 9, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 13 votos a cinco, o parecer que pede a cassação de Glauber Braga por quebra de decoro parlamentar, após o parlamentar ser acusado de empurrar, expulsar e chutar um ativista do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional, em meio à uma confusão, em 2024.
Em um publicação feita nas redes sociais nesta segunda-feira, 14, o parlamentar afirmou que a greve não se trata de um apelo individual, mas “uma denúncia contra a perseguição de Arthur Lira e o orçamento secreto“.
“Estou há 5 dias e 7 horas em greve de fome. Não se trata de um apelo individual para salvar um mandato. É uma denúncia contra a perseguição de Arthur Lira e contra o orçamento secreto. Luto por dignidade. Estou junto com aqueles que não se dobram ao poder da grana”, declarou, na publicação.
Por outro lado, o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, já negou envolvimento no processo que pede a cassação do mandato de Glauber Braga no Conselho de Ética.
Segundo o Congresso em Foco, Arthur Lira afirmou que a acusação feita por Braga é “ilegítima”, e disse que adotará medidas judiciais caso novas insinuações sejam feitas sem provas.
“Refuto veementemente mais essa acusação ilegítima por parte do Deputado Glauber Braga e ressalto que qualquer insinuação da prática de irregularidades, descasada de elemento concreto de prova que a sustente, dará ensejo à adoção das medidas judiciais cabíveis”, destacou Lira.