Sem marcar presença na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Lula (PT) cumprimentou o republicano e destacou que espera que os países continuem com as articulações, além de afirmar que não quer ‘briga’ com os americanos. Na cerimônia, a América do Sul foi representada pelo presidente argentino, Javier Milei.
O presidente norte-americano é classificado por analistas políticos como de “ultradireita” ou “ultraliberal”, posição oposta, no espectro político, ao governo Lula. Vale ressaltar que, nas eleições americanas, Lula declarou apoio à candidatura de Kamala Harris.
Durante a primeira reunião ministerial do ano, Lula mencionou a troca de governo norte-americana e defendeu que torce por uma “gestão profícua” de Trump. “Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil”, disse Lula.
Além de mencionar os Estados Unidos, Lula ainda comentou que não quer briga com países como a Venezuela. “Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia”, seguiu.
Em nota oficial, Lula cumprimentou o novo presidente e comentou sobre a relação dos países. “Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse. As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica”, escreveu Lula, em uma rede social.
Milei
Antes da posse, durante baile de gala, o presidente argentino Javier Milei foi questionado sobre Jair Bolsonaro. O argentino culpou o “regime Lula” por barrar a ida do ex-presidente, a quem chamou de “amigo”, à cerimônia.
Durante a cerimônia de posse, houve um encontro entre Javier Milei, Eduardo Bolsonaro, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro e a irmã de Milei, a Secretária-Geral Karina Milei.
“Pessoas que estão com uma moral tremenda aqui nos EUA e, certamente, junto com Trump, eles poderão fazer realizações incríveis para argentinos e americanos”, escreveu Eduardo Bolsonaro nas redes sociais.