Uma máquina inovadora que pretende fazer o reflorestamento inteligente da Amazônia, o robô Forest.bot é a aposta da AutoAgroMachines para o futuro. Com tecnologia 100% brasileira, a já apelidada de Tesla da Floresta é o primeiro dispositivo de plantio florestal elétrico do mundo com suspensão inteligente e independente para a silvicultura e regeneração natural da floresta.
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Segundo o empresário Marcello Guimarães, fundador da empresa e criador da Forest.Bot, a máquina possui nove toneladas e tem um sistema 100% elétrico, com uma suspensão que a deixa parecida com um carro de competição automobilista de Rally e que a permite ultrapassar obstáculos que surgem na floresta, como troncos ou pedras.
“Em uma de reforma ou reflorestamento, em que você eventualmente vai ter revegetação (a floresta nascendo novamente), você não tem condições de tirar os obstáculos, como galhos, raízes, troncos. E o que a máquina faz? A suspensão foi desenhada para que ela possa copiar o terreno, passar por cima desses obstáculos sem a máquina para que ela plante corretamente”, destacou Marcello Guimarães, em entrevista nessa segunda-feira, 18, ao Canal CNBC Brasil.
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Capaz de plantar até 1.800 mudas por hora, o equivalente a 1,5 campos de futebol do tamanho do Maracanã, a a máquina foi desenvolvida em parceria com a Incomagri, fabricante de máquinas agrícolas com sede em Itapira, no interior de São Paulo.
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“Hoje, o plantio manual se dá basicamente somente no setor comercial: eucalipto e pinus. Reflorestamento é uma pauta que sempre voltamos nela, mas, de fato, não tem nada acontecendo. Em 2015, o Brasil firmou o Acordo de Paris e ele se comprometeu, até 2030, plantar 12 milhões de hectares, mas nesses anos todos, plantou apenas 79 mil. Isso não vai acontecer manualmente, não tem mão-de-obra disponível no mercado”, destacou.
“Não tem solução, que não seja mecânica, para dobrar as áreas plantadas de floresta comercial e não existe um projeto grande de reflorestamento no mundo”, pontuou.
O projeto
Com um custo inicial de R$ 2,98 milhões, o projeto final da Forest.Bot foi construído ao longo de oito anos e já teve cerca de R$ 20 milhões. Com o objetivo de buscar mais desenvolvimento, a startup busca investimentos de R$ 700 milhões.
“A ideia é montar uma planta fabril independente porque nós não temos só a Forest.Bot. Nós temos, inclusive um pedido do próprio setor florestal, a necessidade de desenvolver várias máquinas para automatizar 100% o ciclo de vida de uma floresta, que vai desde a semente até o corte da árvore”, esclareceu.
“Para que a gente possa desenvolver isso no tempo em que a gente gostaria, a gente precisa colocar uma série de máquinas no mercado. […] A nossa expectativa, hoje, é tornar esse projeto independente, porque ele é do tamanho do mundo. É necessário plantar árvores no Brasil, mas também no mundo inteiro”, pontuou.
Confira a entrevista na íntegra: