Neste período eleitoral, o programa ‘Debate Político’ está servindo de espaço para receber os candidatos a prefeito de Manaus. Com isso, no programa dessa terça-feira (10), o candidato a prefeito de Manaus Gilberto Vasconcelos (PSTU) comentou sobre o andamento da campanha eleitoral, comentou sobre sua participação em debates e fez análise do cenário político local. O programa é apresentado pela CEO da empresa Erica Lima e exibido pela TV Rede Onda Digital, através do canal 8.2, e pelo canal do Youtube da Rede Onda Digital.
No início do programa, Vasconcelos deu detalhes de como está o andamento da campanha eleitoral, a qual ele classificou que está sendo encaminhada “muito bem”.
“A campanha está muito bem, na medida de que as pessoas que nós temos relação no movimento sindical, popular e nos bairros, elas vem nos apoiar. Existe uma compreensão do voto útil, mas as pessoas estão começando a compreender que votar útil é votar naquela proposta que é capaz de fazer mudança”, afirmou.
Ainda sobre a campanha eleitoral, Gilberto Vasconcelos revelou que uma das dificuldades de campanha é atingir todos os eleitores, mas que acredita que essa está sendo uma boa campanha para o PSTU e que pode trazer resultados expressivos nas urnas.
“Esse apoio é muito localizado ainda, porque não conseguimos atingir uma massa muito grande e de dinheiro, isso não temos porque somos um partido da classe trabalhadora. Mas é uma campanha que vejo que estão crescendo todo dia. […] Está sendo diferente das outras campanhas, acho que vai aumentar nossa votação e as pessoas estão entendendo que não adianta acreditar em ilusão”, disse.
Debate
Ficando de fora do primeiro debate, o candidato pôde participar do segundo debate entre os candidatos a prefeito de Manaus. Ao O Convergente, Gilberto Vasconcelos pontuou que foi evitado pelos adversários no primeiro bloco do debate realizado pela TV Norte.
“No primeiro bloco do debate, os candidatos presentes me evitaram. Pode ser que eles tenham achado que não valeria a pena debater comigo, mas eu percebi no decorrer do debate que os candidatos tinham medo de serem confrontados por um candidato que defende uma pauta para a classe trabalhadora e preferiram ficar conversando entre si porque eles representam o mesmo programa, com alguns víeis diferentes”, alegou.
Durante a participação, Gilberto Vasconcelos fez uma pontuação em que disse que a nuvem de fumaça que encobre Manaus seria ocasionada pela guerra no Oriente Médio. A fala do candidato viralizou nas redes sociais.
À Erica Lima, o candidato do PSTU afirmou que ‘virou meme’ e que acabou ganhando uma promoção eleitoral gratuita com o episódio. “Nas considerações finais, eu tinha poucos segundos e fiz uma relação que eu tive pouco tempo para explicar e virei meme. Eu até achei engraçado, eu sou professor e quando lanço o assunto e não consigo explicar […], achei legal que foi uma pequena coisa, teve mais de meio milhão de visualizações […]. No final, as pessoas que estavam me atacando eram partidos de direita”, revelou.
Ao comentar sobre o assunto, Gilberto Vasconcelos pôde explicar no programa do O Convergente o que de fato quis mencionar na ocasião.
“A fumaça que vem para Manaus, a maior parte dela, vem do sul do Amazonas […]. Mas, existe um outro fenômeno: em 2 meses, foram jogadas mais de 2 mil toneladas de bombas em cima da Faixa de Gaza, isso equivale a mais de 20 bombas atômicas lá de Hiroshima. Todo esse calor produzido foi para a atmosfera e ele vai potencializar o aquecimento global. As correntes de ar que passam naquela região, passam por aqui”, detalhou.
Jogo das Cartas
Na sua participação no ‘Jogo das Cartas’, o candidato a prefeito de Manaus pelo PSTU sorteou alguns temas, entre eles meio ambiente. Ao responder o questionamento, ele comentou sobre algumas ações que realizaria a frente da Prefeitura de Manaus.
“Um dos principais problemas de Manaus é que tem que cuidar da coleta de resíduos sólidos, fazer tratamento adequado […]. O que não der para ser reutilizado, dá para colocar para virar adubo […]. Tem que acabar com aquele lixão que existe em Manaus, tem que abrir outras áreas que vão receber menor quantidade e vai demorar menos tempo para se recompor”, disse.
Infraestrutura foi outro tema sorteado por Gilberto Vasconcelos, que definiu a realidade da infraestrutura manauara como precária. “Se a gente comparar com as cidades mais desenvolvidas, cidades que tem arrecadação menor que Manaus, vamos ver que Manaus não tem uma infraestrutura adequada”, afirmou.
Ainda no quadro, Gilberto Vasconcelos falou sobre a pauta de economia. Para exemplificar o uso dos recursos públicos, o candidato citou o viaduto ‘Rei Pelé’, o qual está sendo construído pela atual gestão e tem sido alvo de denúncias pelos vereadores de Manaus.
“Inaugurou um viaduto ali na Bola do Produtor em que começa com duas pistas e termina com uma […]. Como se faz uma obra dessas? Não faz sentido! Esse é um exemplo de que os recursos não são bem empregados”, comentou.
Sobre o assunto, o candidato destacou que as autoridades precisam impulsionar um progresso na sociedade, ainda mais aos desempregados. “O que nos preocupa, na classe do PSTU, é a economia que chega no bolso do trabalhador, principalmente do desempregado […]. É preciso que o Estado e a Prefeitura impulsionem o progresso”, disse.
Urna Política
Ao sortear rostos de figuras políticas, um deles foi o candidato Marcelo Ramos (PT). No quadro do Debate Político, o candidato Gilberto Vasconcelos firmou que o nome majoritário do PT não representa mais os trabalhadores, bem como também o partido.
“Acho que o Marcelo Ramos e o PT estão convergindo naquilo que o partido se tornou a nível nacional: um partido de centro. Vejo que a candidatura do PT na figura do Marcelo Ramos é uma candidatura que está dizendo para todo mundo entender que não representa mais a classe trabalhadora”, opinou.
Questionado se votaria em outro candidato a prefeito de Manaus, Gilberto Vasconcelos revelou que não votaria em nenhum dos nomes. “Eu votaria nulo. Não votaria em nenhum desses candidatos porque eu tenho a clareza que todos eles vão aprofundar a crise que já existe, porque eles governam para beneficiar aqueles que já governam a muito tempo”, destacou.
O governador Wilson Lima (UB) foi outro político comentado por Vasconcelos. Ao falar sobre como seria a relação em caso de estar a frente da prefeitura, Gilberto Vasconcelos pontuou que a relação seria institucional.
“Uma relação institucional. O que uma das coisas fundamentais que eu acho essencial é que o governador Wilson Lima pague as verbas do Fundef, que são aquelas verbas indenizatórias do estado que os professores tem direito e estão a mais de 20 anos esperando e não receberam”, disse.
O candidato a prefeito Wilker Barreto (Mobiliza) foi o último rosto sorteado. Ao falar sobre o candidato, Gilberto Vasconcelos não comentou diretamente sobre a campanha dele, mas falou que agiria de forma diferente.
“Sobre a campanha dele, eu não tenho muito a falar. Eu sei que todos que lançam candidatura à prefeitura, com exceção do PSTU que conta com a militância, eles tem por trás grandes empresários. Eu não sei se é o caso do Wilker Barreto. Mas o que eu faria de diferente, seria tudo, porque ele coloca como alguém que tem uma formação acadêmica e a partir dessa formação, ele vai governar”, avaliou.
Vale lembrar que as próximas edições do programa ‘Debate Político’ serão totalmente voltadas aos candidatos majoritários, o qual todos serão convidados, respeitando o processo isonômico do processo eleitoral. Já o programa ‘Politizando’, também do O Convergente, terá a participação dos candidatos a vice-prefeito.
Confira o programa na íntegra:
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Por Camila Duarte
Foto: Marcus Reis
Revisão: Letícia Barbosa
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