O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não abrirá mão de escolher, juntamente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o seu sucessor, que assumirá o comando do parlamento.
A declaração de Lira foi durante uma reunião nesta quinta-feira (23) à noite, na capital federal, após questionamento de jornalistas.
“O presidente Lula sabe disso e já disse que estará junto desse projeto de acompanhar para que eu tenha o direito de fazer meu sucessor, e o PT não pensará diferente, até porque não tem motivos. Todos os compromissos que assumimos foram honrados. Não há nenhuma instabilidade política ou pauta-bomba econômica, muito pelo contrário”, disse Lira, a participar de evento sobre segurança pública na capital carioca.
Mas, pelo que indica no cenário político, é uma “troca de favores” entre Lira e Lula. O atual presidente da Câmara pode auxiliar o chefe do Executivo Federal na aprovação de projetos que forem encaminhados para a casa, principalmente as pautas econômicas, o que foi discutido inclusive na última reunião, na quinta-feira (22), entre líderes partidários e o presidente da Câmara dos Deputados. Lira estava lá, mas o assunto da sucessão não foi pautado neste dia.
O presidente conversou, como deve fazer, com os líderes partidários que representam os parlamentares”, informou. “É uma ação necessária e deve ser rotina entre os líderes que participam da Câmara dos Deputados”, concluiu o presidente da Câmara dos deputados.
Em discussões privadas, Lira abordou a trajetória política do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que migrou do DEM para o PSDB. Mesmo sendo considerado um líder influente, Maia viu sua força diminuir no último ano de mandato, incapaz de assegurar a sucessão em 2021. Ele apoiou Baleia Rossi, do MDB, na disputa pela presidência, mas Lira saiu vitorioso.
A eleição para a escolha do sucessor de Lira será somente em fevereiro de 2025.
Ilustração: Marcus Reis
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