Sob o comando do Governo de Roraima, o governador cassado Antonio Denarium (PP) vive uma crise financeira causada por pedidos excessivos de empréstimos, que o levou até a decretar uma contenção de gastos. Esse cenário já foi vivido em outro governo, por Suely Campos (PP), anos atrás.
A linha cronológica parece o que, atualmente, o governo vive. Quando estava no governo, Suely Campos atrasou pagamentos de fornecedores e iniciou obras sem possuir orçamento suficiente para a conclusão. Vale lembrar que, em alguns momentos, o governador de Roraima chegou a afirmar que salvou o estado das “garras” de Suely.
Nos tempos atuais, o próprio Ministério Público de Roraima já pediu a exoneração de servidores, uma vez que a crise ocasionara por Denarium foi porque o mesmo ultrapassou o limite de gastos com pessoal, o que aponta que o atual governador está repetindo os passos da antiga gestora do estado.
Para tentar frear o descontrole financeiro, Denarium adotou a “contenção de gastos”, sendo uma das medidas a demissão de servidores comissionados, o atraso no pagamento de fornecedores e prestadores de serviço, além de evitar falar em datas próximas para a entrega de obras.
Crise no governo
Vale lembrar que, no início de outubro, o Ministério Público de Roraima (MPRR) recomendou a exoneração de cargos comissionados após a gestão ultrapassar o limite de despesas com pessoal do Governo de Roraima.
De acordo com o MP, os promotores destacaram que, no segundo quadrimestre deste ano, a despesa total com pessoal alcançou 51,61%, quando o limite máximo definido pela Lei de Responsabilidade é de 49%. Ou seja, os gastos ultrapassaram 2,61% do limite.
Como noticiou O Convergente, de acordo com o secretário da Fazenda, Manoel Freitas, a arrecadação do Estado em ICMS, IPVA e ITCD está em déficit, de janeiro a agosto de 2023. Além disso, o Estado possui uma dívida de mais de R$ 15 milhões por mês devido a empréstimos e precatórios feitos pelo governo.
O secretário de Estado do Planejamento, Rafael Fraia, ainda completou o argumento, afirmando que houve um aumento de quase 6% concedido aos servidores, o que ocasionou maior despesa com pessoal, a qual não estava prevista no orçamento de 2023, podendo levar a um atraso no pagamento dos servidores.
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Por Camila Duarte
Revisão textual: Vanessa Santos
Ilustração: Giulia Renata Melo
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