O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) começou, nesta quarta-feira, 11/1, um mutirão para fazer audiências de custódia dos bolsonaristas radicais presos durante os ataques terroristas aos três poderes e no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no domingo, 8/1. Segundo o Tribunal de Justiça, as audiências são realizadas de forma virtual, das 8h às 19h, e ocorrerão também aos finais de semana.
Na quarta-feira, a corte previa a realização de 64 audiências. Já para esta quinta-feira, a expectativa é de que 213 pessoas sejam ouvidas. Questionado, o tribunal não informou quantas pessoas permanecem presas e quantas foram liberadas nas audiências.
De acordo com um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao todo, 1.418 pessoas permaneciam presas até quarta, após serem detidas no acampamento e nos atos terroristas. Elas passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML) e foram encaminhadas para o Complexo da Papuda ou para a Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.
Detidos – Nesta quarta, a Polícia Federal terminou de ouvir os bolsonaristas detidos no ginásio da Academia Nacional da corporação. De acordo com a PF, 684 pessoas foram soltas.
A corporação liberou idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças, “por questões humanitárias”.
No ginásio da PF, os detidos passaram por uma triagem e foram submetidos aos procedimentos da polícia judiciária. Depois, passaram a ser apresentados à Polícia Civil do DF, responsável pelo encaminhamento dos detidos ao Instituto Médico Legal (IML) e, posteriormente, ao sistema prisional.
Ataques – As pessoas detidas e que participaram das audiências de custódia são suspeitas de depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, no último domingo, onde obras de arte, equipamentos de informática e móveis dos locais ficaram destruídos após a invasão.
Depois dos ataques, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) pelo menos de 90 dias. Além de decretar a prisão do ex-ministro de Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
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Da Redação com informações g1
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil