Um dos colaboradores mais próximos do ex-presidente americano Donald Trump, Steve Bannon, foi acusado nessa quinta-feira, 8/9, formalmente de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro. Steve entrou algemado no tribunal e as acusações ocorrem após mais de um ano e meio que Trump perdoou Bannon nas horas finais de seu mandato na Presidência, livrando-o de um caso de fraude federal.
Promotores do Estado de Nova York o acusam de enganar pessoas que doaram dinheiro para construir um muro na fronteira com o México e embolsar mais de US$ 1 milhão. Ele vai responder às acusações de lavagem de dinheiro, conspiração e fraude.
Bannon foi estrategista da campanha e conselheiro de segurança do então presidente Donald Trump, e é uma espécie de articulador da extrema-direita mundial.
Ele se encontrou várias vezes com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos e no Brasil. Em 2019, Bannon jantou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada do Brasil em Washington. Horas antes de se entregar, ele voltou a manifestar numa rede social apoio ao presidente brasileiro.
Nos últimos dias na Casa Branca, Donald Trump concedeu o perdão presidencial a Bannon, que era acusado de crimes federais. Mas o indulto não se aplica a crimes estaduais. Bannon pode ser condenado a até 15 anos de prisão. Nessa quinta-feira, ele se declarou inocente e vai aguardar o julgamento em liberdade.
Acusações – Bannon, de 68 anos, e três outros homens foram acusados em agosto de 2020 de fraudar doadores em uma campanha privada de arrecadação de 25 milhões de dólares, conhecida como “We Build the Wall”, para ajudar a construir o muro defendido por Trump ao longo da fronteira entre EUA e México.
Bannon se declarou inocente da acusação federal, inclusive de alegações de que desviou cerca de 1 milhão de dólares para despesas pessoais. Mas a acusação contra ele foi arquivada depois que Trump o perdoou. A nova acusação contra Bannon está sendo emitida pelo promotor público de Manhattan, Alvin Bragg.
O caso pode espelhar partes do caso federal sobre o muro, embora não esteja claro por que a acusação ainda não foi aberta, disse uma pessoa familiarizada com o assunto. Os perdões presidenciais cobrem acusações federais e não proíbem processos estaduais.
Ele está sendo acusado menos de dois meses depois de ser condenado por desacato ao Congresso por desafiar uma intimação de um comitê da Câmara dos Deputados que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.
Em um comunicado na noite de terça-feira, 6/9, Bannon chamou o caso de Nova York de “nada mais do que um armamento político partidário do sistema de justiça criminal”.
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Da Redação com informações O Globo/R7
Foto: Tasos Katopodis / Getty Images
