A primeira parte do debate de senadores, promovido pela TV Norte Amazonas, na manhã desta quinta-feira, 1º/9, foi marcada por defesas, embates pessoais, críticas e a ausência do senador Omar Aziz (PSD), que foi o único dos candidatos ao senado a não comparecer ao debate.
Além de debaterem temas relacionados à economia e saúde, Chico Preto (Avante), Marília Freire (PSol), Pastor Peter Miranda (Agir), Arthur Neto (PSDB), Elissandro Bessa (Solidariedade), Coronel Menezes (PL), e Luiz Castro (PDT), usaram os seus respectivos tempos para falar de suas propostas. Alguns aproveitaram para fazer defesa quanto a determinados ataques e críticas feitas por seus adversários.
Chico Preto (Avante), que ainda esta em um embate judicial sobre sua candidatura, ao ser questionado sobre o assunto se defendeu e fez críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alguns de seus adversários na corrida eleitoral.
“Você tem um ex-presidiário que é candidato à presidência. Você tem alguém que roubou a saúde do Estado, colocando a saúde em maus caminhos e é candidato a senador. E eu, que tenho ficha limpa, não consigo ser candidato a senador. Pelo menos luto para isso”, disse o candidato antes de falar sobre suas propostas econômicas, também relacionadas à Zona Franca de Manaus (ZFM), e ações importantes que precisam esta na atenção dos senadores.
Tema esse também citado pelo candidato Pastor Peter Miranda (Agir) que defendeu medidas mais eficazes para a melhoria do sistema e criticou, sem citar nomes, alguns de seus oponentes.
“Eu me surpreendo quando pessoas que já estiveram na Suframa, pessoas que já tiveram a oportunidade de fazer alguma coisa, toda hora falando sobre a Zona Franca de Manaus. Eu presido a câmara de comércio do Brasil/Panamar. Panamar é a segunda Zona Franca do mundo. Em Colón são 2.548 lojas vendendo para o povo e aqui em Manaus a nossa Zona Franca não vende para o povo. Nós vamos interferir, fazer parcerias, para que a Zona Franca volte a ser a Zona Franca. O que precisa é saber e querer fazer”, opinou o candidato.
Saúde – O sistema público de saúde do Amazonas e as propostas de melhorias sugeridas pelos candidatos foram debatidas no segundo bloco do debate entre os senadores. Os impactos causados pela operação Maus Caminhos, que foi deflagrada pela Polícia Federal em setembro de 2016, para desarticular uma organização que desviava dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), no Amazonas, também deram o tom do embate.
Questionada sobre o assunto, Marília Freire (PSol) deu sua opinião, mas destacou que os problemas da saúde no Estado foram causados por um conjunto de fatores, além do desvio de dinheiro da saúde ocorrido no esquema.
“Tudo que estamos falando aqui, dos problemas de saúde, da falta de UTI, nos interiores, tudo é um reflexo, um conjunto de má gestão passada. Tanto da união, como do Estado, como do município. há um conjunto de fatores. Acredito que decidir sobre o envolvimento, a contribuição, de pessoa A ou B, em um desvio ou outro, quem tem que decidir é a justiça. Quem tem que dizer se a maus caminhos contribuiu ou não é a justiça. Mas a minha opinião é que sim, que a maus caminhos colocou o Amazonas no epicentro”, opinou a candidata ao ser questionada pelo adversário Coronel Menezes e citar o caos causado no estado pela pandemia da Covid-19.
— —
Por Izabel Guedes
Foto: Divulgação TV Norte Amazonas
