29.3 C
Manaus
domingo, novembro 24, 2024

Após mais de 80 dias de guerra, ucranianos acusam Rússia de usarem ‘flechettes’ letais em ataques a ucranianos

A guerra da Rússia na Ucrânia entrou no 82º dia nesta segunda-feira, 16/5, e de acordo com a ONU mais de seis milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia. A última atualização sobre os dados de mortos aponta que houve 3.573 mil mortos, incluindo 241 crianças. Entre os feridos, o número é de 3.816 mil, incluindo 357 crianças

Por

Há quase três meses, a Rússia decidiu atacar a vizinha Ucrânia, ordenando um ataque no dia 24 de fevereiro, que é considerado pelos russos, como uma “operação militar especial”, que tem como objetivo “desnazificar” o território vizinho e interromper uma suposta perseguição aos russos no país, porém o que vem acontecendo desde então com os bombardeios, são milhares de mortes e milhões de refugiados que buscam fugir da guerra.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chegou a dizer, na semana passada, que chegará o momento em que haverá negociações de paz sobre a Ucrânia, mas que ele não via esse momento como um futuro imediato.

“Esta guerra não durará para sempre. Haverá um momento em que as negociações de paz ocorrerão. Não vejo isso no futuro imediato. Mas posso dizer uma coisa: nunca desistiremos”, afirmou Guterres em entrevista coletiva com o presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, na ocasião.

Agora, a Rússia foi acusada pelos ucranianos de ter usado armas letais nos confrontos em Irpin, no subúrbio de Kiev, no mês passado. Após os ucranianos terem retomado o local dos russos, eles dizem que ainda estão sendo encontrados pequenos projéteis parecidos com pregos, que estão espalhados pelos jardins e nas paredes de suas casas e relatam que esses projéteis não são retirados com as mãos.

“Você não pode tirá-los com as mãos, você precisa usar um alicate”, disse Volodymyr Klimashevskyi, apontando para a parede de sua casa, pontilhada de dardos escuros.
Os projéteis mostrados pelo morador são chamados de flechettes (em francês, “pequenas flechas”) e esses projéteis afiados são uma invenção brutal da Primeira Guerra Mundial, quando os Aliados os usaram para atingir o maior número possível de soldados inimigos.
Depois que as forças russas se retiraram das cidades e vilas ao norte de Kiev que haviam ocupado em março, surgiram evidências de que os “dardos” estavam sendo usados durante os ataques.

Irpin, um subúrbio de Kiev, não é o único lugar onde essa evidência surgiu. Na vila de Andriivka, cerca de 20 quilômetros a oeste de Irpin, o agricultor Vadim Bozhko disse à CNN que encontrou flechettes espalhados ao longo da estrada que leva à sua casa. Bozhko e sua esposa se esconderam no porão enquanto sua casa era bombardeada.

Os dardos também foram encontrados nos corpos de pessoas que foram mortas em Bucha, de acordo com Liudmila Denisova, ombudsman de direitos humanos da Ucrânia. Denisova disse no mês passado que após “a libertação das cidades da região de Kiev, novas atrocidades das tropas russas estão sendo reveladas”.

Mortos – A última atualização sobre os dados de mortos por conta do conflito entre os países aponta que houve 3.573 mil mortos, incluindo 241 crianças. Entre os feridos, o número é de 3.816 mil, incluindo 357 crianças, a maioria causada por bombardeios e ataques aéreos. Os dados são da Organização das Nações Unidas (ONU) e estão atualizados até o último dia 13 de maio. A ONU acredita que os números de mortos e feridos são ainda maiores, considerando o pedágio real.

Pobreza – Uma análise feita pela ONU apontou que a guerra na Ucrânia poderá deixar nove em cada 10 pessoas no país dentro da linha da pobreza.
O levantamento, divulgado no site da Organização, ainda apontou que um conflito prolongado deverá comprometer o nível de desenvolvimento alcançado em quase duas décadas por Kiev.

Sobre a guerra – A guerra da Rússia na Ucrânia entrou no 82º dia nesta segunda-feira, 16/5, e, de acordo com informações da ONU, o número de pessoas que fugiram da Ucrânia para escapar do conflito iniciado pelos russos em 24 de fevereiro ultrapassou a marca de seis milhões.

Da Redação com informações da CNN e R7

Foto: Divulgação

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -