O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira, 23/3, um pedido de abertura de inquérito para investigar suposto favorecimento indevido na liberação de verba do Ministério da Educação (MEC). O ministro Milton Ribeiro é o principal alvo da apuração. O procurador-geral não incluiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações.
Em áudio, Ribeiro teria dito que o presidente recomendou priorizar repasses feitos a pedido dos pastores evangélicos, Gilmar Santos e Arilton Moura.
Ambos não possuem cargo no governo, mas participaram de várias reuniões com autoridades nos últimos anos. Gilmar Santos é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil Cristo Para Todos (Conimadb). Arilton Moura também faz parte da Assembleia de Deus.
Investigações – Atualmente, cinco investigações contra Bolsonaro estão tramitando no STF. Em contrapartida, são 25 apurações preliminares abertas contra o presidente na Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a oposição, Aras tem se firmado como importante aliado de Bolsonaro, por poupá-lo de investigações no STF.
Pela Constituição Federal, é prerrogativa exclusiva do procurador-geral pedir abertura de inquérito contra o presidente da República e ministros de Estado perante o Supremo.
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Da Redação com informações da CNN Brasil
Foto: Pedro França/Agência Senado