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sexta-feira, novembro 21, 2025

Panelaço de professores amplia crise entre categoria e gestão David Almeida

Categoria em greve protesta durante inauguração na Ponta Negra e cobra diálogo do prefeito sobre o PLC 8/2025.

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Professores da rede municipal de Manaus realizaram mais um protesto contra decisões do prefeito David Almeida. Na tarde e noite desta quinta-feira (20), os educadores realizaram um panelaço na Ponta Negra, durante a inauguração da roda-gigante, para protestar contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 8/2025. Segundo manifestantes, o texto, apelidado por eles de “PL da Morte”, impõe regras severas para a aposentadoria dos servidores que ingressaram após 2003.

Com panelas, cartazes e apitos, os educadores avançaram para a área do evento e gritaram palavras de ordem. “Aposentadoria justa” foi uma das principais reivindicações, e manifestantes afirmaram que não aceitarão ser condenados a “trabalhar até morrer”.

A mobilização ocorre no contexto de uma greve por tempo indeterminado aprovada pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical). Segundo o sindicato, o PLC 8/2025 altera de maneira drástica o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) municipal, aumentando idade mínima, tempo de contribuição e criando regras de transição consideradas desfavoráveis para a categoria.

A insatisfação com o PLC vem crescendo nos últimos dias: no último dia 18, professores já haviam feito ato em frente à Prefeitura, deitando-se no chão em protesto simbólico contra a reforma previdenciária. No dia 17, servidor­es da educação lotaram a Câmara Municipal para pressionar contra o PLC e tentar impedir sua aprovação em segundo turno.

A prefeitura, por sua vez, seguiu com a sanção da lei: no dia 19, o prefeito David Almeida sancionou a nova regra previdenciária para servidores municipais. Segundo o texto sancionado, a idade mínima sobe para 65 anos para homens e 62 para mulheres, enquanto professores terão regras específicas, com 60 anos para professores do sexo masculino e 57 para as femininas.

A greve dos professores reforça a pressão política sobre o prefeito. Líderes do sindicato afirmam que não vão recuar até garantir mudanças no texto que, na visão deles, ameaça direitos consolidados da categoria.

Outro lado

O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para buscar um posicionamento a respeito do protesto dos professores e aguarda retorno.

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