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terça-feira, novembro 4, 2025

Braga é acusado por manifestantes de beneficiar empresários após aprovação da MP do setor elétrico

De acordo com as imagens, um dos manifestantes aborda Braga e o acusa de ser “contra a geração distribuída de energia no Brasil”

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O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi alvo de hostilidade por parte de dois homens na saída de uma reunião da Comissão Mista que analisava a Medida Provisória 1.304, texto que reformula as diretrizes de composição de preços e gestão do setor energético brasileiro. O episódio ocorreu na última semana e ganhou repercussão após o vazamento de um vídeo nas redes sociais.

A Medida Provisória 1.304, relatada por Braga, reformula a forma de precificação e distribuição de encargos no setor elétrico. O texto ainda depende de sanção presidencial para entrar em vigor.

De acordo com as imagens, um dos homens aborda Braga e o acusa de ser “contra a geração distribuída de energia no Brasil”. Em tom exaltado, o mesmo interlocutor afirma que o senador “vai causar o desemprego de milhões de brasileiros”. O parlamentar responde três vezes que o homem “está mentindo”, mas evita prolongar a discussão.

O incidente ocorreu pouco depois da aprovação do relatório de Braga na comissão. O texto foi aprovado também pelos plenários da Câmara e do Senado em votação relâmpago, e de acordo com entidades, representaria um “presente de Natal antecipado” a empresários e lobistas do setor energético — entre eles, os irmãos Batista, da J&F, e o empresário Carlos Suarez. Ainda segundo entidades ouvidas pela imprensa nacional, o novo modelo poderá gerar impacto na conta de luz do consumidor, com a criação de um novo encargo.

Após o episódio, Eduardo Braga disse que foi surpreendido pela abordagem de dois indivíduos “movidos por interesses econômicos” e anunciou que os dois já foram identificados e serão processados. “Essas pessoas agiram, lamentavelmente, não por interesse público, mas, sim, por interesses pecuniários”, afirmou o senador durante a sessão da Comissão Mista.

A Polícia Legislativa do Senado interveio logo após o episódio. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), classificou o ato como “covarde” e informou que o Congresso estuda novas regras de acesso às dependências da Casa.

Outro lado

O Convergente entrou em contato com o senador Eduardo Braga para buscar um posicionamento a respeito e aguarda retorno.

Leia mais: Aprovado às pressas, relatório de Braga reacende polêmica sobre privilégios e aumento na conta de luz

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