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quinta-feira, setembro 18, 2025

Eduardo Bueno, o “Peninha”, é demitido do Senado após ironizar morte de Charlie Kirk

Historiador perdeu cargo no Conselho Editorial após pressão política e repercussão negativa de vídeo em que celebrou assassinato de ativista conservador nos EUA

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O historiador, escritor e jornalista Eduardo Bueno, conhecido como “Peninha”, foi afastado do Conselho Editorial do Senado Federal nesta quarta-feira (17), após a repercussão de um vídeo em que ironizou a morte do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk. A decisão foi determinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que ordenou a demissão imediata.

Charlie Kirk, de 31 anos, era fundador da organização Turning Point USA, alinhada ao Partido Republicano e ao ex-presidente Donald Trump. Ele foi assassinado em 10 de setembro, durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem (EUA). O atirador, Tyler Robinson, de 22 anos, confessou o crime e deixou uma nota com motivações políticas. O caso gerou forte comoção nos Estados Unidos, levando Trump a decretar bandeiras a meio mastro e estimulando debates sobre extremismo político.

No vídeo que circulou nas redes, Peninha afirmou: “É sempre triste um ativista morrer pelas suas ideias, exceto Charlie Kirk”. Ele ainda chamou o norte-americano de “canalha” e “repugnante”.

Segundo Alcolumbre, não houve margem para retratação: “Um absurdo aquele vídeo. Liguei para o presidente do Conselho Editorial, senador Randolfe Rodrigues, e disse: Vídeo de retratação não vai resolver. Procure esse rapaz que você contratou e demita-o. Se ele não fosse demitido, eu o faria amanhã. Ele já afastou esse servidor, e não precisou que esta Presidência o afastasse”, declarou o presidente do Senado.

Além da saída do Senado, Peninha também sofreu consequências em outras áreas de sua carreira. A PUC-RS cancelou sua participação em um evento acadêmico; a Livraria da Travessa suspendeu uma apresentação já programada; uma empresa encerrou patrocínio ao seu podcast; e o deputado Filipe Barros (PL-PR) acionou o Ministério Público Federal contra ele por incitação à violência.

Em uma tentativa de resposta, Peninha publicou um vídeo alegando ser vítima de uma “campanha orquestrada pela direita”. No entanto, manteve as críticas a Kirk e a Trump, sem pedir desculpas pelo tom que gerou sua demissão.

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