O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17), a segunda fase da Operação Militia, com foco no combate à lavagem de dinheiro proveniente de extorsões realizadas por um grupo criminoso formado por policiais militares, civis e um perito. A ação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp), em parceria com a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas.
Nesta etapa, mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Manaus e no município de Borba, a cerca de 250 km da capital. Dois suspeitos foram presos, ambos ligados às forças de segurança e já monitorados desde a primeira fase da operação, deflagrada em julho. Até o momento, detalhes sobre apreensões de bens ou valores não foram divulgados, mas as investigações apontam que o grupo utilizava contas bancárias fraudulentas para movimentar os recursos obtidos em crimes de extorsão.
Operação Militia
A Operação Militia surgiu a partir de um sequestro registrado em fevereiro de 2025 no bairro Manoa, em Manaus, filmado por populares, que levantou suspeitas sobre o envolvimento de policiais. A primeira fase, realizada em 29 de julho, resultou na prisão de vários agentes e na apreensão de armas e cerca de R$ 11 mil em espécie. Desde então, o MPAM intensificou o trabalho de investigação para identificar e desarticular a milícia, que responde por formação de organização criminosa, roubo, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
A operação continua em andamento, com o objetivo de localizar e prender outros integrantes do grupo, reforçando o compromisso das autoridades em combater a atuação de milícias dentro das forças de segurança do Amazonas.


