O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira, 3, que o ex-presidente não pode ser responsabilizado pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para ele, não há provas que vinculem Bolsonaro à invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Vilardi classificou o julgamento como “histórico”, destacando a relevância do processo por envolver um ex-chefe do Executivo, generais e diferentes núcleos investigados. Segundo o advogado, a acusação contra Bolsonaro se sustenta apenas em uma delação premiada e em uma minuta encontrada no celular de um colaborador da Justiça.
“Não há uma única prova, uma única prova que atrele o presidente ao 8 de Janeiro, à operação Luneta ou ao chamado ‘punhal verde e amarelo'”, declarou.
O julgamento da ação penal que investiga a suposta trama golpista atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a outros sete réus iniciou por volta de 9h18 (horário de Brasília. Nesta quarta, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fará sessão no horário da manhã, das 9h às 12h.
Em sustentação oral, a defesa argumentou também que Bolsonaro foi “dragado” para dentro da investigação, sem que haja elementos concretos que apontem sua participação direta nos fatos.
Vilardi também criticou a atuação do Ministério Público e da Polícia Federal. Para ele, o processo foi construído a partir de “peças frágeis”, sem conexão efetiva com o ex-presidente.