O pastor Silas Malafaia passou a ser investigado pela Polícia Federal no mesmo inquérito que apura a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro e do jornalista Paulo Figueiredo. A investigação, aberta em maio, apura supostas ações contra autoridades, o Supremo Tribunal Federal (STF), agentes públicos e possíveis tentativas de provocar sanções internacionais contra o Brasil.
Segundo a PF, Malafaia teria organizado o ato em apoio a Bolsonaro realizado em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por videoconferência transmitida nas redes sociais. A manifestação antecedeu, em um dia, a prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada pelo STF.
Após a divulgação da notícia, o pastor publicou um vídeo em seu perfil no Instagram dizendo que soube de sua inclusão no inquérito pela imprensa. “Eu não recebo notificação nenhuma. Que país é esse, onde a Polícia Federal vaza alguma acusação contra alguém para a Globo?”, questionou, afirmando que repórteres o procuraram antes da matéria ir ao ar, oferecendo espaço para manifestação.
No mesmo vídeo, Malafaia voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador da toga”, e afirmou que há quatro anos denuncia supostos abusos do magistrado. “Mostrando nas leis, na Constituição, os seus crimes, que ele instituiu crime de opinião”, declarou.
O pastor também atacou a atuação da Polícia Federal. “E agora, nós estamos vendo a Polícia Federal promover perseguição? Isso aqui é o quê? A violência do nazismo? Virou KGB da União Soviética?”, disse.
*Com informações do G1