O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) investiga a falta de medicamentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Humaitá, após denúncias de negligência no tratamento de pacientes psiquiátricos. Em vistoria realizada em 6 de agosto, a 1ª Promotoria da Comarca confirmou a ausência quase completa de remédios indispensáveis e determinou que a Prefeitura e a Semsa apresentem explicações e cronograma de distribuição.
A ação decorre de uma denúncia sobre a ausência de diversos medicamentos indispensáveis para tratamento psiquiátrico, falta de distribuição de medicamento de uso controlado, remédios com prazo de validade próximo ao vencimento e omissão reiterada da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) na compra dos medicamentos, visto que, de acordo com o denunciante, a situação acontece desde 2024.
Em visita ministerial realizada no último dia 6 de agosto, a promotoria comprovou a procedência das denúncias. De acordo com o despacho, de autoria do promotor Weslei Machado, a vistoria “constatou a veracidade das informações, com a ausência quase completa de medicamentos indispensáveis ao tratamento de doenças psiquiátricas”. “Tem-se a indicação de um grave descaso com pacientes para a regulação e estabilização de suas patologias”, comentou o promotor, em um trecho do documento.
Diante da grave violação de direitos, do descaso com a saúde pública e do prejuízo ao tratamento psicossocial dos pacientes, a promotoria determinou que a Semsa e a Prefeitura Municipal de Humaitá, no prazo de 20 dias, prestem informações sobre a disponibilização da medicação solicitada por meio do “Orçamento de Medicamentos 2025” e apresentem um cronograma para a distribuição dos medicamentos aos pacientes.
Com informações da assessoria