A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) recebeu uma proposta de projeto voltado ao fortalecimento do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), localizado ao norte de Manaus, ao longo da BR-174. A iniciativa foi apresentada por representantes do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia e do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).
Com execução prevista para três anos e dividida em quatro etapas, o projeto tem como principal objetivo ampliar a integração entre o setor agropecuário e a indústria regional, com foco na bioeconomia e no desenvolvimento territorial sustentável. A primeira etapa envolve o mapeamento de soluções existentes no DAS e a aceleração de iniciativas com potencial de crescimento.
Durante a apresentação, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, destacou a importância da proposta para a diversificação econômica da Zona Franca. “Projetos como esse nos ajudam a valorizar o potencial do Distrito Agropecuário e a construir uma Zona Franca mais integrada e diversificada”, afirmou.
O diretor de Bionegócios do CBA, Carlos Henrique Carvalho, ressaltou a união estratégica entre as instituições envolvidas. “É uma ação conjunta que reúne a experiência de mais de 20 anos do CBA e a expertise do Sidia e do Idesam, com o objetivo de conectar o DAS às demandas da indústria e impulsionar a bioeconomia regional”, disse.
Sobre o DAS
O Distrito Agropecuário da Suframa abrange cerca de 580 mil hectares nos municípios de Manaus e Rio Preto da Eva, destinados a atividades como agricultura, pecuária, silvicultura, aquicultura, mineração, turismo ecológico e extrativismo vegetal. Atualmente, o DAS já movimenta mais de R$ 100 milhões em faturamento e gera mais de três mil empregos diretos e indiretos.
A proposta apresentada visa fortalecer essa base produtiva, aproximando-a das demandas do Polo Industrial de Manaus (PIM), que pode se beneficiar do fornecimento de matérias-primas e serviços sustentáveis oriundos do interior da região. A expectativa é que a iniciativa abra caminho para uma nova etapa de desenvolvimento na Zona Franca, com mais equilíbrio entre a indústria e a vocação natural da floresta para atividades de baixo impacto ambiental e alto valor agregado.