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sexta-feira, julho 25, 2025

Parceria entre UEA e Eneva investe em diesel verde para acelerar transição energética no Amazonas

Iniciativa une ciência e setor produtivo para transformar plantas nativas em combustível renovável e fortalecer a bioeconomia regional

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A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a empresa Eneva iniciaram nesta terça-feira (23) o projeto “Diesel Verde na Amazônia”, que vai estudar o uso de oleaginosas nativas para a produção de HVO, uma alternativa sustentável ao diesel fóssil. A proposta une ciência e setor produtivo em busca de soluções que reduzam emissões de gases poluentes e gerem impacto positivo na economia local.

O lançamento oficial aconteceu no auditório do Laboratório Saltu, da EST/UEA, durante um workshop que reuniu pesquisadores, representantes do setor produtivo e autoridades. A programação incluiu a reunião de kick-off do projeto, palestras técnicas, debates sobre políticas públicas e reflexões sobre o papel da Ciência e Tecnologia na transição energética do Amazonas.

O reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, destacou a importância do projeto para a estratégia institucional da universidade na expansão da produção científica. “A UEA tem investido em projetos que aproximam a produção científica das demandas reais da sociedade. Essa iniciativa representa um passo importante no fortalecimento da pesquisa aplicada e no apoio ao desenvolvimento sustentável da região”, afirmou.

De acordo com a Prof.ª Dra. Patrícia Melchionna, integrante do projeto e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Química Aplicada à Tecnologia (GP-QAT) da UEA, as metas são, ao longo de 30 meses, transformar oleaginosas em HVO, criar uma planta-piloto, fazer análises técnicas econômicas e avaliar a aplicação do combustível no transporte fluvial e na geração de energia elétrica.

“O diesel verde tem características muito parecidas com a do diesel fóssil, porém ele é uma fonte renovável. Sendo assim, nossa proposta visa apoiar comunidades locais que possam vir a produzir essa oleaginosa. Dentro dos nossos laboratórios, vamos verificar aquelas propriedades interessantes para que possamos escolher uma oleaginosa, de fato, capaz de suprir essa demanda”, explicou.

Para o coordenador de Relações Institucionais da Eneva na região Norte, Márcio Lira, a parceria entre setor produtivo e universidade é essencial para promover soluções baseadas em ciência e inovação. Segundo ele, as expectativas são positivas quanto ao potencial do projeto de transformar a realidade das comunidades do interior e promover a transição energética.

“A gente está muito feliz hoje aqui na EST/UEA. Imagine se com essa pesquisa a gente concluir que o HVO, a partir dessas oleaginosas, pode ser usado nas rabetas do interior, por exemplo. Isso significa diminuição de custo, menos poluição e, também, conexão com as comunidades do interior”, afirmou o coordenador da Eneva, maior operadora privada de gás natural do país.

Protagonismo

O diretor da EST/UEA, Prof. Dr. Jucimar Silva Junior, destacou que a iniciativa reafirma o protagonismo da universidade na produção de conhecimento científico voltado à resolução de problemas concretos da Amazônia. Ele também ressaltou a importância de aproximar a academia do setor privado para gerar soluções de impacto real.

“A EST/UEA consolida-se como protagonista em projetos de PD&I que dialogam com os grandes desafios da Amazônia e do Brasil. O ‘Diesel Verde na Amazônia’ é um exemplo de como a ciência, aliada ao setor produtivo, pode transformar a biodiversidade em soluções sustentáveis, capazes de gerar conhecimento, emprego e desenvolvimento com responsabilidade ambiental”, afirmou o diretor.

Além da EST/UEA e Eneva, integram o projeto de PD&I pesquisadores da empresa Essenz Soluções Técnico-Econômicas em Projetos e Estudos Regulatórios Ltda., do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras (ISI B&F) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O evento de lançamento do “Diesel Verde na Amazônia” contou, também, com a presença do presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Lúcio Flávio Morais de Oliveira, e do secretário de Estado de Mineração, Energia e Gás (Semig), Ronney Peixoto, que representou o Governo do Amazonas no encontro.

Com informações da assessoria

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