O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (2) que ficará em repouso absoluto durante todo o mês de julho por orientação médica. A decisão levou ao cancelamento de compromissos previamente agendados em Santa Catarina e Rondônia. Ele permanecerá em sua residência, em Brasília.
“Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”, escreveu o ex-presidente nas redes sociais, ao comunicar a suspensão das agendas. Segundo ele, a decisão foi tomada após uma consulta médica de urgência.
Bolsonaro, de 70 anos, tem enfrentado recorrentes problemas de saúde. No mês passado, ele passou mal durante compromissos políticos em Goiás e foi submetido a exames em um hospital particular da capital federal. Na ocasião, foi diagnosticado com pneumonia.
Apesar da condição clínica, Bolsonaro participou no último domingo (29) de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, organizado pelo pastor Silas Malafaia, sob o lema “Justiça Já”. Foi sua última aparição pública antes do agravamento dos sintomas.
Nesta quarta, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou um comunicado médico assinado pelos doutores Claudio Biroloni, cirurgião que já operou o ex-presidente, e Leandro Echenique. O texto confirma o repouso domiciliar por todo o mês de julho “para garantir a completa recuperação de sua saúde”.
A nota médica menciona complicações decorrentes de uma cirurgia no intestino, a recente pneumonia e as crises persistentes de soluço, que dificultam a fala e a alimentação. De acordo com os profissionais, Bolsonaro permanecerá afastado de atividades públicas e compromissos ligados ao partido.
Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro tem mantido uma agenda política intensa, com viagens e participações em eventos pelo país. A nova recomendação médica marca uma pausa forçada em sua atuação pública.