Tensão
O Oriente Médio, que já vivia sob tensão desde os conflitos que envolvem Israel, alcançou um novo patamar de instabilidade após o ataque do país ao Irã, na madrugada da última sexta-feira (13).
Hoje, o embaixador iraniano chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de “vigarista” e “criminoso de guerra”. Além disso, a movimentação de mais de 30 aviões-tanque estadunidenses (modelos KC-135 e KC-46) chamou a atenção de analistas políticos nesta segunda-feira (16), um comportamento anormal dentro de um prazo de 48h. A maioria das análises remete à indicativa de uma possível entrada dos EUA no conflito.
O argumento do governo israelense
A visão do governo de Israel, veiculada amplamente na semana passada, é de que eles “não tiveram escolha” senão atacar o Irã na última sexta-feira (13), sob a justificativa de que era preciso parar o país antes que fosse capaz de produzir armamento nuclear, por conta da produção de urânio.
Existem, ainda, registros de que o governo israelense estaria censurando a veiculação de publicações multimídia acerca do conflito, como uma forma de demonstrar “força” perante a contra ofensiva iraniana.
Brasileiros em Israel
Ainda nesta segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) revelou que uma delegação já foi retirada de Israel via Jordânia e que faltam, agora, apenas 27 políticos brasileiros.
De quebra, ainda deu um “tapa com luva de pelica” nos políticos bolsonaristas que estão “ilhados” no país desde o início do conflito com o Irã, na madrugada da última sexta-feira (13), reiterando que existem avisos consulares que desaconselham a viagem a Israel.
Viagens a Israel são desaconselhadas pela Embaixada do Brasil em Israel desde outubro de 2023, quando foi emitido um alerta consular em função da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que já resultou na morte de mais de 55 mil palestinos e mais de 1,5 mil israelenses até agora. Naquela ocasião, foram retirados 1.413 brasileiros por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).