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terça-feira, junho 17, 2025

Rússia e China pedem que seus cidadãos saiam de Israel

Movimentação anormal de aviões-tanque dos EUA e alertas diplomáticos aumentam especulações sobre possível escalada militar após ataques israelenses ao Irã

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As embaixadas da China e da Rússia pediram para que seus cidadãos saiam de Israel, nesta segunda-feira (16). Antes, as embaixadas do Reino Unido e Estados Unidos também já haviam solicitado o mesmo.

Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, havia pedido que iranianos deixassem Teerã. “O Irã deveria ter assinado o acordo. pedi que assinassem. Que vergonha, que desperdício de vidas humanas. O Irã não deve ter armas nucleares. Disse de novo, e de novo! Todos devem imediatamente evacuar de Teerã!”, publicou Trump em sua rede social.

Veja também: Irã revida ataque a Israel e lança mais de 150 mísseis; Tel Aviv e Jerusalém são atingidos

As informações acerca do aviso consular russo foram veiculadas por portais como Moscow Times e Anadolu Agency. A Embaixada da Rússia no Irã já havia veiculado, também na semana passada, preocupações crescentes com o conflito entre os países, tendo publicado uma nota em seu portal.

“Expressamos a nossa profunda preocupação com a perigosa escalada de tensões no Médio Oriente”, descreve. “É evidente que Jerusalém Ocidental optou de forma consciente por continuar a intensificar a escalada de tensões e elevar as apostas. Temos alertado repetidamente sobre a perniciosidade das aventuras militares que  ameaçam a estabilidade e a segurança na região. A responsabilidade por todas as consequências desta provocação será imputada à direção israelita”, completa a nota da embaixada da Rússia no Irã.

Tensão

O Oriente Médio, que já vivia sob tensão desde os conflitos que envolvem Israel, alcançou um novo patamar de instabilidade após o ataque do país ao Irã, na madrugada da última sexta-feira (13).

Hoje, o embaixador iraniano chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de “vigarista” e “criminoso de guerra”. Além disso, a movimentação de mais de 30 aviões-tanque estadunidenses (modelos KC-135 e KC-46) chamou a atenção de analistas políticos nesta segunda-feira (16), um comportamento anormal dentro de um prazo de 48h. A maioria das análises remete à indicativa de uma possível entrada dos EUA no conflito.

O argumento do governo israelense

A visão do governo de Israel, veiculada amplamente na semana passada, é de que eles “não tiveram escolha” senão atacar o Irã na última sexta-feira (13), sob a justificativa de que era preciso parar o país antes que fosse capaz de produzir armamento nuclear, por conta da produção de urânio.

Existem, ainda, registros de que o governo israelense estaria censurando a veiculação de publicações multimídia acerca do conflito, como uma forma de demonstrar “força” perante a contra ofensiva iraniana.

Brasileiros em Israel

Ainda nesta segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) revelou que uma delegação já foi retirada de Israel via Jordânia e que faltam, agora, apenas 27 políticos brasileiros.

De quebra, ainda deu um “tapa com luva de pelica” nos políticos bolsonaristas que estão “ilhados” no país desde o início do conflito com o Irã, na madrugada da última sexta-feira (13), reiterando que existem avisos consulares que desaconselham a viagem a Israel.

Viagens a Israel são desaconselhadas pela Embaixada do Brasil em Israel desde outubro de 2023, quando foi emitido um alerta consular em função da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que já resultou na morte de mais de 55 mil palestinos e mais de 1,5 mil israelenses até agora. Naquela ocasião, foram retirados 1.413 brasileiros por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Fonte: Revista Fórum

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