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quinta-feira, maio 29, 2025

Comissão aprova audiência pública para discutir impactos da demora na repavimentação da BR-319

O objetivo da audiência é reunir representantes do Governo Federal, órgãos ambientais, lideranças políticas, sociedade civil e especialistas

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A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CINDRE) aprovou, nesta terça-feira (28), o Requerimento nº 12/2025, apresentado pelo deputado Fausto Jr (UB-AM), que solicita a realização de uma audiência pública para debater os impactos socioeconômicos causados pela demora no processo de licenciamento ambiental da BR-319.

O objetivo da audiência é reunir representantes do Governo Federal, órgãos ambientais, lideranças políticas, sociedade civil e especialistas, a fim de discutir os efeitos da paralisação das obras e os entraves que comprometem o desenvolvimento da região Norte.

Durante a sessão, Fausto Jr ressaltou a importância da rodovia, que conecta o Amazonas e Roraima ao restante do país. “Essa audiência pública trata, de forma legítima, não apenas de uma estrada, mas da ligação do Amazonas e de Roraima com o restante do Brasil pela via rodoviária. Trata-se do nosso direito constitucional de ir e vir, que tem sido negado há mais de 30 anos, em razão da falta de manutenção”, afirmou.

O parlamentar lembrou que a BR-319 foi inaugurada em 1976, mas, desde então, sofre com a falta de conservação. “Ainda assim, não temos uma ligação rodoviária com o restante do Brasil, por pura negligência”, criticou.

Fausto Jr também se manifestou sobre os recentes episódios de desrespeito no debate em torno da pavimentação da BR-319, em referência ao embate ocorrido no Senado. “Isso não dá a ninguém o direito de ofender uma mulher — por razão nenhuma — como infelizmente aconteceu no Senado”, disse.

O deputado reforçou que a proposta da audiência pública é debater ideias de forma responsável e respeitosa, destacando as dificuldades enfrentadas pela população que depende da rodovia. “Queremos discutir o desafio que tem sido conviver com uma estrada de barro, onde quem precisa de acesso à saúde simplesmente não tem, porque a rodovia não é trafegável. O momento mais trágico foi durante a pandemia, quando precisávamos das estradas para transportar oxigênio. Quinze mil pessoas perderam suas vidas, por conta da falta dessa estrada”, lamentou.

Para Fausto Jr, a situação exige uma resposta urgente. “Não podemos continuar sem essa estrada por questões técnicas ou até mesmo ideológicas. Estamos falando de uma via que existe há quase 50 anos. Não há justificativa para que uma licença ambiental impeça uma obra que é vital para milhões de brasileiros”, concluiu.

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