Ativistas ambientais interromperam nesta sexta-feira, 23, o discurso do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), durante a 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e Florestas (GCF), realizada no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. O protesto, marcado por críticas às políticas ambientais do governo estadual, gerou tumulto e levou à retirada forçada dos manifestantes do local após intervenção da segurança, a pedido do próprio governador.
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Com cartazes e gritos de ordem como “A floresta não é negócio”, os manifestantes interromperam Cameli no momento em que ele apresentava as ações do Executivo na área ambiental. O governador chegou a reagir e chamou o ato de “baderna” e ligou o protesto a movimento político, em virtude das Eleições de 2026.
“baderna eu não vou permitir. […] Acabou! Acabou! Só lamento que usam vocês para incentivar a baderna e a deselegância. Ano que vem tá chegando”, declarou, insinuando motivações eleitorais por trás do protesto.
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Nota oficial
Logo após o ocorrido, o governador Gladson Cameli divulgou uma nota oficial à imprensa e nas redes sociais, em que reforçou sua posição contrária à manifestação. Segundo o chefe do Executivo estadual, o protesto teria tido caráter desrespeitoso e motivação política.
adicionalmente, as reuniões do GCF são oportunidades para a discussão e adoção de medidas concretas para o equilíbrio das questões ambientais, sociais e econômicas em benefício do desenvolvimento das populações que vivem na floresta. O evento é aberto para a participação de iniciativas individuais e em grupo através da contribuição positiva com ideias posicionamentos. Infelizmente não foi o que se viu na atuação desse grupo que agiu com interesses exclusivamente particulares e políticos”, disse a nota de repúdio.
Cameli classificou os manifestantes como “desordeiros” e os responsabilizou por tentar prejudicar a organização do evento e manchar a imagem do Acre.
“Essa iniciativa dos desordeiros só tentou causar prejuízos aos participantes, à organização e infelizmente manchar a imagem de todos os acreanos que tradicionalmente são conhecidos como pacíficos e hospitaleiros. Diante do fato, o governo condena veementemente acontecido”, continua a nota.
Confira a íntegra da nota do governo do Acre: