A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) vem se consolidando como referência na oferta de serviços de telessaúde na região Norte, ampliando o acesso da população amazonense a atendimentos médicos especializados. Entre 2022 e 2024, a Telessaúde UEA, coordenada pela Unidade de Desenvolvimento Docente e Apoio ao Ensino (Uddae/UEA), realizou 1.621 teleconsultorias, abrangendo 50 especialidades médicas, e promovendo uma assistência inclusiva e equitativa, superando desafios geográficos e socioeconômicos.
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Na área de teleeducação, os números também impressionam: a participação nas atividades cresceu mais de 1.000%, passando de 623 participantes em 2022 para 7.807 em 2024. No período, foram realizadas 289 ações educacionais, beneficiando 10.449 estudantes e profissionais da saúde com capacitações e atualizações.
A telessaúde tem desempenhado um papel fundamental em estados como o Amazonas, onde muitas comunidades vivem em áreas de difícil acesso. A tecnologia permite diagnósticos e orientações médicas sem a necessidade de deslocamentos longos, reduzindo filas de espera e descentralizando as demandas das unidades de saúde locais.
Para garantir a eficiência do serviço, a UEA investiu significativamente na infraestrutura, incluindo a modernização da rede de internet com a instalação de antenas de alta velocidade em todos os municípios atendidos. A conexão foi ampliada de 2 Mbps para até 300 Mbps, proporcionando maior estabilidade, segurança e agilidade nos atendimentos. A universidade também reforçou a capacitação de sua equipe, com treinamentos contínuos sobre práticas atualizadas e uso de tecnologias avançadas.
A coordenadora da Uddae/UEA, professora doutora Adriana Taveira, ressaltou que a telessaúde integra diversas tecnologias, como dispositivos móveis e transmissão de imagens em tempo real, potencializando a eficiência dos telediagnósticos. “Conseguir melhorar e qualificar a assistência à saúde nas áreas remotas, tornando o sistema mais oportuno e com mais equidade, é uma grande satisfação. As tecnologias têm nos oportunizado isso em todo o estado”, afirmou.
O reitor da UEA, André Zogahib, destacou que a telessaúde é uma das maiores prioridades da instituição, especialmente pela importância para as populações que enfrentam dificuldades de acesso aos serviços de saúde. “Estamos comprometidos em continuar aprimorando essa iniciativa, investindo em tecnologia, capacitação e infraestrutura para garantir que cidadãos de todas as regiões, mesmo as mais remotas, possam contar com atendimentos médicos de qualidade”, declarou.
As teleinterconsultas realizadas contemplaram 50 especialidades médicas, com destaque para Saúde Mental/Pediatria (151 atendimentos), Cardiologia (150) e Ortopedia e Traumatologia (140).
Para a vice-reitora da UEA e docente de Medicina, professora doutora Kátia Couceiro, a telessaúde também é uma ferramenta essencial para a formação continuada dos profissionais da saúde. “A telessaúde não é apenas sobre tecnologia, mas sobre pessoas. A troca de conhecimentos proporcionada fortalece a prática médica e contribui para uma assistência mais qualificada e humanizada”, enfatizou.
Parceria com o Ministério da Saúde vai ampliar cobertura
A UEA firmou um convênio com o Ministério da Saúde, que prevê, nos próximos três anos, um aporte financeiro para expandir os serviços de telessaúde. O recurso permitirá ampliar o número de especialidades e profissionais atuando como teleconsultores, garantindo assistência qualificada a municípios do interior, comunidades indígenas, quilombolas e demais populações em situação de vulnerabilidade no estado.
Com esses investimentos, a UEA reafirma seu compromisso em levar saúde e educação de qualidade para todas as regiões do Amazonas, superando as barreiras impostas pela geografia e promovendo cidadania.
