Uma pesquisa encomendada por aliados do presidente Lula (PT) explorou um cenário eleitoral pouco convencional para 2026: um eventual segundo turno em São Paulo entre as primeiras-damas Janja da Silva e Michelle Bolsonaro. De acordo com dados divulgados pela Folha de S. Paulo, as duas aparecem em situação de empate técnico, cada uma com 41% das intenções de voto.
A simulação reflete o início das movimentações políticas para a próxima eleição presidencial, diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pela Justiça Eleitoral. Nesse contexto, Michelle desponta como a principal representante de seu campo político, com forte apelo entre mulheres e eleitores evangélicos.
Janja, por sua vez, vem ganhando protagonismo com sua atuação pública e presença constante nas agendas do governo. No entanto, a atual legislação impede que ela dispute a Presidência enquanto Lula estiver no exercício do mandato — a não ser que o presidente renuncie antes do pleito.
Além das intenções de voto para Janja e Michelle, a pesquisa apontou que 10% dos entrevistados optariam por voto branco, nulo ou em nenhum dos nomes apresentados. Outros 8% disseram estar indecisos ou preferiram não responder.
O levantamento também explorou cenários para a eleição ao governo de São Paulo, considerando a possibilidade de reeleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em uma das simulações, o vice-presidente e ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) soma 35% das intenções de voto, enquanto Tarcísio lidera com 46%.
O levantamento foi realizado por telefone com 1.000 eleitores do estado de São Paulo entre os dias 4 e 8 de abril, com margem de erro de três pontos percentuais.
*Com informações da Folha de S.Paulo
Leia mais: Gastos de Janja com viagens e temor de o Brasil ‘virar Venezuela’ dominam debate na CMM