Com a economia global oscilando devido às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Zona Franca de Manaus (ZFM) pode ser o novo destino para a implantação de novas indústrias. De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Roberto Cidade (UB), existem riscos e oportunidades para o modelo econômico amazonense em meio ao ‘tarifaço’ dos EUA.
Conforme noticiou O Convergente, o presidente Donald Trump anunciou uma série de tarifas contra economias ao redor do mundo. Uma dessas medidas atinge o Brasil, com a aplicação de 10% de todas as importações do Brasil, como parte do decreto que estabelece as tarifas recíprocas.
Na sessão plenária da Aleam, o deputado Roberto Cidade comentou que, como o Brasil tem a menor tarifa aplicada, é possível que indústrias europeias passem a buscar novos lugares para a instalação das empresas.
“O menor é aqui para o Brasil, de 10%. As indústrias europeias e asiáticas vão querer ir para outros lugares, como eu estava conversando com os especialistas, no caso. Estavam me perguntando também no Feclam sobre o tarifaço, estudando, eu achei que temos riscos e oportunidades”, iniciou.
Com relação às oportunidades para a Zona Franca, Roberto Cidade apontou que existem ‘riscos e oportunidades’.
“Riscos são dos produtos chineses invadirem o mercado na Zona Franca de Manaus com os produtos mais baratos. Mas, as oportunidades são muito maiores, como o governador Wilson Lima falou, como o secretário da Sedecti, Serafim Correa, falou”, pontuou.
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Para o presidente da Aleam, com a possibilidade da vinda de novas empresas, é preciso que haja um planejamento para receber as possíveis novas indústrias, sendo a expansão do Polo Industrial de Manaus (PIM) um exemplo.
“Temos oportunidades de atrair outras indústrias para o Polo Industrial de Manaus. Temos oportunidades de trazer mais investimentos para a Zona Franca de Manaus. É importante a gente se planejar e já temos a expansão da ZFM que vai para a AM-010, precisamos planejar, levar mais estrutura, energia de qualidade”, defendeu.
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