As autoridades sul-coreanas suspenderam nesta sexta-feira (3) a operação para prender o presidente afastado Yoon Suk Yeol, após enfrentarem resistência da segurança presidencial em sua residência, no centro de Seul. A tentativa de detenção, liderada pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO), foi interrompida após um impasse de cerca de seis horas com os agentes de segurança, militares e apoiadores de Yoon.
O mandatário está sendo investigado por insurreição devido à decretação da Lei Marcial em 3 de dezembro, o que levou ao seu afastamento pelo Parlamento. O CIO afirmou que a execução do mandado de prisão foi considerada inviável devido ao confronto em andamento e às preocupações com a segurança no local.
Durante a operação, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, aproximadamente mil apoiadores, agentes do Serviço de Segurança Presidencial e tropas militares bloquearam o acesso dos investigadores à residência de Yoon. Embora tenha havido altercações, não foram reportados confrontos armados. Além disso, centenas de apoiadores de Yoon se reuniram nas proximidades, prometendo impedir sua prisão “com nossas vidas”.
A equipe jurídica de Yoon classificou o mandado de prisão como “ilegal” e afirmou que o CIO não possui autoridade para investigar insurreição. Eles anunciaram que tomarão medidas legais contra o mandado. Enquanto isso, o CIO estuda os próximos passos e considera solicitar ao presidente interino, Choi Sang-mok, que ordene a cooperação do Serviço de Segurança Presidencial na execução do mandado.
Yoon Suk Yeol permanece afastado aguardando a decisão do Tribunal Constitucional sobre sua destituição definitiva. A crise política na Coreia do Sul continua a gerar tensões, com manifestações de apoiadores e opositores do presidente afastado, além de debates sobre a legalidade das ações tomadas por ambas as partes envolvidas.
