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quinta-feira, setembro 19, 2024

MPAM recomenda que Prefeitura de Tapauá elabore um plano emergencial contra queimadas

As ações devem ser apresentadas em até dez dias, além de incluir medidas concretas para combater as queimadas nos próximos 120 dias

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Diante do aumento significativo das queimadas e da deterioração da qualidade do ar, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Tapauá, recomendou à Prefeitura a elaboração de um Plano de Ação Emergencial para enfrentar as queimadas que assolam o município. A iniciativa busca salvaguardar a saúde pública e o meio ambiente em meio à severa estiagem de 2024.

O aumento das queimadas gera preocupação entre as autoridades, e o promotor de Justiça Bruno Batista destaca a necessidade de uma resposta urgente por parte do poder público. “A queima de lixo nos quintais das residências e as queimadas na zona rural do município provocam sérios danos não só ao meio ambiente, mas também à saúde humana, principalmente nesse período de estiagem. Na última semana, a fumaça das queimadas pairou sobre Tapauá, o que impõe ações urgentes do Poder Público, a fim de combater e mitigar os impactos negativos provocados pelo fogo e fumaça. Desse modo, o Ministério Público expediu uma recomendação pedindo providências do órgão municipal em relação ao problema”, explicou o promotor.

A recomendação reflete a preocupação do Ministério Público com os danos provocados pela disseminação da fumaça e dos incêndios, especialmente em áreas rurais, onde o uso do fogo é comum. O documento enfatiza que, frequentemente, essas queimadas são realizadas por pessoas sem o conhecimento técnico necessário para controlar o fogo, ignorando os impactos ambientais e os riscos à saúde pública.

Entre as ações sugeridas, está a elaboração de um Plano de Atuação Emergencial, que deve ser apresentado em até dez dias e incluir medidas concretas para combater as queimadas nos próximos 120 dias. Esse plano deve prever a fiscalização diária de terrenos e a punição dos responsáveis por queimadas ilegais. Além disso, o documento recomenda a suspensão das autorizações para queimadas controladas em até cinco dias, enquanto as condições meteorológicas desfavoráveis, como baixa umidade e altas temperaturas, persistirem.

Educação ambiental

A educação ambiental também é destacada pelo MPAM como uma ferramenta essencial para combater essas práticas inadequadas, o documento também recomenda que o município promova campanhas de conscientização. O promotor de Justiça Bruno Batista da Silva ressalta a importância de formar cidadãos mais conscientes, capazes de tomar decisões que preservem a vida e o bem-estar da sociedade. Associações rurais, escolas, igrejas e outras entidades devem ser mobilizadas para divulgar as novas medidas e orientar a população sobre os perigos das queimadas.

A Prefeitura tem dez dias para iniciar uma campanha de conscientização sobre a proibição do uso do fogo sem autorização, alertando a população sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente.

Em busca por informações sobre a medida emitida pelo MPAM, entramos em contato com a prefeitura e a secretaria do meio ambiente do município. Até o momento, as assessorias não emitiam nota.

Leia mais: MPAM entra com representação contra prefeito e vice de Tefé por suspeita de propaganda eleitoral antecipada
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Da Redação/Assessoria
Ilustração: Marcus Reis
Revisão: Letícia Barbosa

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