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sexta-feira, julho 5, 2024

Após polêmica, vereador Prof. Samuel diz que fala sobre merenda escolar foi recortada pela mídia

Na tribuna da CMM, o presidente da Comissão de Educação se manifestou e afirmou que é um defensor da merenda de qualidade

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Depois da repercussão do comentário de que “merenda não é almoço”, o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Professor Samuel (PSD), usou o tempo na sessão plenária, desta segunda-feira (27), para se manifestar a respeito da fala polêmica. Ao discursar no Parlamento, ele afirmou que é um defensor da alimentação escolar de qualidade e pontuou que a fala foi recortada e divulgada pela mídia.

Conforme noticiou O Convergente na última semana, o vereador Professor Samuel comentou sobre as denúncias de que em uma escola municipal a merenda era suco e biscoito por alguns dias seguidos. Na ocasião, ele alegou que merenda não era almoço e também disse que se houvesse falhas na distribuição do produto alimentício pela Prefeitura de Manaus era natural, uma vez que existem mais de 500 escolas em Manaus.

Ao discursar na tribuna, ele iniciou falando sobre a mídia e fazendo uma referência sobre quem fala sobre educação, mas desconhece a realidade. “A minha fala se manifesta através de fatos que a mídia faz com que a gente, como existem pessoas que não conhecem de certas coisas, têm muita gente que fala de educação, mas tem muita gente que nunca leu um livro de Paulo Freire”, iniciou.

“As falácias, os pronunciamentos, a forma de você manifestar… Eu tenho uma história dentro do Parlamento, alguém que coloca o pé no Parlamento ou assiste vídeos, alguém que faz pré-julgamento de um recorte de uma fala de uma outra pessoa”, completou.

O vereador ainda comentou sobre quando era gestor de uma escola e afirmou que, muitas das vezes, precisava tirar do próprio bolso para ajudar na alimentação dos alunos. “Infelizmente, a mídia tem essa força, às vezes positiva e às vezes negativa. Mas, eu tenho uma história e as pessoas sabem da minha trajetória. […]. Não é uma fala solta ou recortada que vai tirar de um ser humano, de uma pessoa que tem no Parlamento uma obrigação e dedicação, e muito maior quando eu fui gestor de escola”, disse.

Professor Samuel ainda afirmou que as pessoas não conhecem de fato sobre educação e deixam as outras em situações desagradáveis. “Tudo isso que está se mexendo, pessoas que não sabem o que é uma palavra em relação à educação, se manifestam e falam. Não entendem das coisas e colocam, deixando as pessoas em situações desagradáveis. Penso, sim, que a Secretaria Municipal de Educação, como tem um compromisso, eu visito depósitos de merenda e vejo a qualidade”, afirmou.

“É lógico, você que assistiu a um vídeo ou que viu uma fala, procure conhecer a pessoa, a história da pessoa e o entendimento que ele tem do assunto. Porque falar todo mundo fala, conhecer poucos conhecem, e eu tenho experiência dentro e fora de tudo aquilo que vocês imaginam, de escola e de Parlamento”, completou.

O presidente da Comissão de Educação ainda enfatizou que a intenção dele não era a que foi noticiada. Ele ainda alegou que as pessoas sabem da trajetória dele, uma vez que esse reconhecimento é mais importante do que um vídeo.

“A minha intenção nunca foi a que foi colocada. Sou um defensor da merenda de qualidade. […] Sempre lutei pela qualidade do ensino e da merenda escolar para as crianças carentes […] As pessoas sabem disso, não é o vídeo. Pessoas são importantes, não é você criar pedaços que existem de vídeos e tentar condenar. Deus é maior e sabe do profissional que eu sou […]. Uma fala de uma pessoa que pensa contrário não destruirá, porque eu tenho convicção do que eu estou fazendo”, finalizou.

Desde que o vereador Professor Samuel se manifestou sobre o assunto da merenda escolar, em que proferiu o comentário polêmico, O Convergente entrou em contato com o parlamentar através de mensagens e via e-mail para o gabinete do vereador. Não houve retorno em todas as tentativas de contato.

Leia mais: Denúncias alegam biscoito e suco na merenda, mas orçamento da Semed é de R$ 24,5 milhões em recursos federais para alimentação escolar

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Por Camila Duarte

Ilustração: Marcus Reis

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