Por meio de nota, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) se manifestou a respeito das declarações do prefeito de Manaus David Almeida (Avante), ao alegar que os vereadores de oposição são inimigos da cidade e ainda falou sobre a insatisfação com o presidente da CMM, nessa quinta-feira (11). A nota assinada por Caio André (UB), presidente da Casa, classificou as falas do prefeito como “lamentáveis e desrespeitosas”
De acordo com o prefeito de Manaus, os vereadores de oposição tem prejudicado a cidade e afirmou que falaria o nome de cada parlamentar que estaria, segundo ele, “boicotando” Manaus. Ainda nos comentários, David Almeida afirmou que os vereadores de oposição estariam dificultando a tramitação do PL que autorizou o empréstimo de R$ 580 milhões.
Conforme noticiou O Convergente, o empréstimo aprovado pela Casa precisa retornar ao plenário para uma nova votação, uma vez que foi necessário alterar o texto devido a exigências do Tesouro Nacional.
Em manifestação, a CMM destacou que sempre esteve comprometida a auxiliar a cidade quando precisou ser acionada. “Inclusive autorizando empréstimos que totalizam quase R$ 2 bilhões durante esta legislatura. Esses recursos representam cerca de 1/4 do orçamento aprovado pelo parlamento para o exercício de 2024”, diz um trecho da nota.
Em relação ao empréstimo de R$ 580 milhões, a CMM esclareceu que a tramitação do PL no plenário da casa ocorreu por
“falhas, únicas e exclusivas do Executivo”, o que impediu a continuidade do processo após o empréstimo passar por uma análise no Ministério da Fazenda.
“A CMM reafirma seu compromisso com suas funções legais e regimentais, além de preservar a harmonia entre os poderes. No entanto, não abrirá mão de suas prerrogativas e não aceitará qualquer tipo de interferência em suas atividades, que são exclusivas de seus membros”, informou a nota.
Além disso, a Casa ainda pontuou que é importante esclarecer à população que “o crédito imediato de valores de empréstimos após autorização para busca não é decisão exclusiva do Executivo, mas sim um processo que envolve análises realizadas por outros órgãos, dentro dos prazos estabelecidos pelos mesmos”.
O trecho final da nota ainda alega que é “estranho, fantasioso e irreal” atribuir a falta de obras em Manaus, faltando oito meses para o fim do mandato do prefeito David Almeida.
Outro lado
O Convergente buscou contato com a assessoria do prefeito David Almeida a respeito das falas do chefe municipal. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.
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Por Camila Duarte
Ilustração: Marcus Reis