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sábado, novembro 23, 2024

“Representa geração de renda na região”, diz Wilson Lima sobre exploração de potássio em Autazes

Nesta segunda-feira (8), foi entregue a licença do IPAAM que permite a empresa Potássio Brasil a explorar a região

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Quatro anos e meio. Esse é o período que durará a implantação do projeto de exploração de potássio no município de Autazes, no Amazonas. A informação foi dada pelo governador Wilson Lima, em coletiva, nesta segunda-feira (8), onde foi entregue a licença do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) que permite a empresa Potássio Brasil a explorar a região.

“É importante para Autazes, para garantir a segurança alimentar do mundo; o Brasil é o maior exportador de soja, de milho. Potássio em Autazes é muito estratégico, aqui ninguém abre mão da proteção da floresta, nós entendemos a importância da floresta para o Brasil”, disse o governador.

Ainda segundo o governador do Amazonas, o projeto é uma alternativa para geração de emprego e renda no município. “Para Autazes, representa geração de renda para comunidades tradicionais e comunidades indígenas que vivem na região. Nós quebramos o monopólio do gás. Agora, o projeto Potássio, com a entrega dessa licença, será um investimento de R$ 13 bilhões. Esse projeto vai gerar 1,3 mil empregos em Autazes, e mais de 16 mil indiretos”, ressaltou.

Durante a fala, o prefeito de Autazes Anderson Cavalcante afirmou que o município está pronto para viver o novo momento e que aguarda ansiosamente o início do projeto. Ele ainda pontou que a Prefeitura de Autazes fez o possível para que o projeto fosse implantado.

“Esse projeto não vai beneficiar apenas Autazes, ele vai beneficiar o país, também quero agradecer ao entendimento do povo Mura. Eu convido a bancada do Amazonas para a gente conseguir marcar uma reunião, é preciso qualificar mão de obra no município. São longos 7 anos de espera e chegou finalmente o dia histórico”, disse.

Na ocasião, o presidente da empresa Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, apresentou os benefícios socioeconômicos que devem ser gerados na região do município de Autazes e das cidades vizinhas.

Durante seu discurso, ele destacou que os projetos terão uma duração prevista de 23 anos, o que resultará em uma arrecadação de R$ 25 bilhões em impostos. “É natural que a gente foque nesse mercado. A gente não pretende exportar. É um produto para beneficiar o Brasil, ele ficará em solo brasileiro”, afirmou Adriano.

Juliano Valente, diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), afirmou que os dados sobre a exploração de potássio no Amazonas representam um momento histórico para o estado, que agora passa a ter uma outra alternativa econômica.

“É, de fato, um momento histórico na história do Estado do Amazonas. Acredito que depois do Polo Industrial de Manaus, esse é o principal legado deste governo. Os dados aqui apresentados pelo diretor da empresa Potássio são muito claros”, comentou.

Durante a fala na coletiva, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antônio Silva, comentou sobre o Estado passar a ter uma outra alternativa econômica, além do Polo Industrial de Manaus.

“Hoje vejo a potência que é a ENEVA na geração de empregos e rendas naquela região. […] Começaremos a ter uma não dependência única do nosso exitoso Polo Industrial de Manaus, passaremos a ter aquilo que ansiávamos e esperávamos, uma outra alternativa”, destacou.

A empresa Potássio do Brasil quer explorar o minério no Amazonas por cerca de 23 anos. Até o momento, a empresa já investiu R$ 1 bilhão no projeto e planeja ainda investir mais R$ 13 bilhões.

Leia mais: Após pedido do MPF, Justiça suspende processo de licenciamento de empreendimento da Potássio do Brasil

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Por Camila Duarte

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