Durante as primeiras horas da manhã de sábado (10), a Polícia Federal (PF), prendeu no Aeroporto Internacional de Brasília, prendeu o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Neto.O militar recebeu voz de prisão ao desembarcar de um voo dos Estados Unidos. Ele está sob custódia no Batalhão da Guarda Presidencial.
Nesse domingo (11), Supremo Tribunal Federal (STF) convocou Corrêa Neto para uma audiência de custódia. O interrogatório foi conduzido por um juiz auxiliar da Suprema Corte. A decisão da continuidade da prisão ficará a cargo do ministro Alexandre de Moraes. Até agora, não há detalhes disponíveis sobre o momento em que o ministro abordará essa questão.
Desde dezembro de 2022, o coronel esteve em uma missão internacional em Washington, participando do Colégio Interamericano de Defesa. Ele faz parte de um quarteto de indivíduos sob investigação pela PF, acusados de suposto envolvimento em atividades relacionadas à tentativa de golpe de Estado e à abolição do Estado democrático de direito. Na semana passada, durante a realização da Operação Tempus Veritatis, que traduzido do latim significa “hora da verdade”, foi decretada a prisão preventiva dos quatro investigados.
Conforme as apurações da Polícia Federal, o suspeito desempenhou um papel na organização de encontros e na escolha de militares graduados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos) para participar de uma suposta tentativa de golpe de Estado. Nas análises conduzidas pela PF, o militar é destacado como alguém em quem o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, confiava.
Em 1997, o coronel concluiu sua formação na Academia Militar das Agulhas Negras, assumindo posteriormente o comando do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado. Além disso, ocupou a posição de assistente do Comandante Militar do Sul, que na época era o general Fernando José Sant’ana Soares e Silva, agora atuando como o chefe do Estado-Maior do Exército.
Ao chegar em Brasília, o investigado teve passaporte e telefone celular apreendidos pela Polícia Federal.
Ao ingressar na capital federal, Bernardo Romão Corrêa Neto teve o passaporte e o celular confiscados pelos agentes federais.
Ilustração: Marcus Reis
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